Quem estiver acordado durante a madrugada deste sábado para domingo pode ter uma grata surpresa ao olhar para o céu. Está previsto para este fim de semana o pico da chuva de meteoros Perseidas, com previsão de até 80 meteoros — conhecidos popularmente como estrelas cadentes — por hora. O fenômeno acontece anualmente, quando a Terra cruza uma região do espaço repleta de fragmentos deixados pela passagem do cometa Swift-Tuttle, que visita o centro do Sistema Solar a cada 133 anos.
— Das chuvas de meteoro que eu conheço, essa é a mais brilhante e bonita, com muitos objetos entrando na atmosfera — comentou o astrônomo Carlos Veiga, do Observatório Nacional. — Como o Swift-Tuttle é uma cometa grande, as partículas são maiores e geram maior brilho.
Entretanto, a chuva Perseidas é melhor observada do Hemisfério Norte: “Basta olhar para o alto para ver os meteoros”, explica Veiga. Teoricamente, o fenômeno pode ser observado até a latitude 31S, aproximadamente a altura de Porto Alegre, mas quanto mais ao Sul, menor a chance de observação.
De acordo com o astrônomo, moradores das regiões Norte e Nordeste terão melhores condições de testemunhar o espetáculo. Para isso, devem olhar para o horizonte na direção Norte. Usar um aplicativo de observação do céu, como o Sky Map ou o Sky View, facilita a localização da constelação de Perseus, onde os meteoros se concentram.
— Perseus é uma constelação característica do Hemisfério Norte. Do Brasil, ela pode ser vista quase na linha do horizonte — explicou o astrônomo. — Mesmo assim é muito bonita. Se o tempo estiver bom, vale a pena esperar acordado.
A passagem da Terra pela nuvem de poeira do Swift-Tuttle começou no dia 17 de julho e dura até o próximo dia 24, mas o pico acontece neste fim de semana. Para melhor observação, o recomendado é uma região escura, longe das luzes das metrópoles. Infelizmente, a semana da lua cheia coincidiu com a chuva Perseidas, o que também atrapalha a observação.
Apesar do grande número de meteoros, os riscos de que algum fragmento sobreviva chegue a tocar o solo são pequenos. Diferente dos asteroides, que são compostos por metais, os cometas são compostos por minerais, que dificilmente sobrevivem à entrada na atmosfera da Terra.
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Redação iBahia
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