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Com 11 votos, Conselho de Ética aprova cassação de Eduardo Cunha

A defesa de Cunha terá até cinco dias úteis para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ)

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Redação iBahia

14/06/2016 às 18:39 • Atualizada em 01/09/2022 às 15:12 - há XX semanas
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O Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta terça-feira (14), a cassação do manato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os membros do colegiado votaram por 11 votos a nove pela cassação do peemedebista, num processo que tramita desde outubro na Casa e é o mais longo da história da comissão de ética. Diferente do que muitos previam, a deputada baiana Tia Eron (PRB) votou a favor da cassação de Cunha. O voto do deputado e Wladimir Costa (SD-PA) também foi decisivo para o desenrolar do processo. Costa mudou o voto na última hora e desempatou o pleito.

				
					Com 11 votos, Conselho de Ética aprova cassação de Eduardo Cunha
O relator do processo, deputado Marcos Rogério (DEM-RO) disse que está provado que Cunha é proprietário de bens no exterior não declarados. "Em termos técnicos, tem sim o deputado Cunha contas, bens, patrimônios, no exterior. Os trusts criados pelo deputado não passam de empresas de papel, de laranjas de luxo", afirmou. Ainda segundo o relator, Cunha mentiu e omitiu informações relevantes à Câmara dos Deputados. "Ele montou uma engenharia financeira no exterior para esconder patrimônio e o recebimento de propina. A pena de perda de mandato revela-se adequada, necessária e proporcional", frisou. O advogado de defesa de Cunha, Marcelo Nobre, afirmou que o parecer apresentado não possui provas da existência de contas na Suíça em nome do peemedebista. "Sabe porque o parecer tem 90 páginas? Porque não tem prova. Porque a prova caberia em uma linha. Cadê o número da conta do banco? Não existe", desabafou. Nobre ainda comparou a condenação de Cunha a um linchamento. "Condenar sem provas é linchamento. Espero que todos nós aqui nunca passemos por uma acusação sem prova, e muito pior, uma condenação sem prova", afirmou o advogado. O que vem a seguir Com a aprovação do relatório no Conselho de Ética, a defesa de Cunha terá até cinco dias úteis, a partir da publicação no Diário Oficial, para recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que poderá opinar apenas sobre aspectos formais do relatório, mas não sobre o mérito. Em seguida, o processo seguirá para o plenário da Câmara. Qualquer punição só poderá ser aprovada em definitivo com o voto de ao menos 257 dos 513 deputados. Confira a lista dos deputados que votaram a favor e contra a cassação A favor Marcos Rogério (DEM-RO), relator do processo Sandro Alex (PSD-PR) Paulo Azi (DEM-BA) Júlio Delgado (PSB-MG) Nelson Marchezan (PSDB-RS) Zé Geraldo (PT-PA) Betinho Gomes (PSDB-PE) Valmir Prascidelli (PT-SP) Leo de Brito (PT-AC) Tia Eron (PRB-BA) Wladimir Costa (SD-PA) Contra Alberto Filho (PMDB-MA) André Fufuca (PP-MA) Mauro Lopes (PMDB-MG) Nelson Meurer (PP-PR) Sérgio Moraes (PTB-RS) Washington Reis (PMDB-RJ) João Carlos Bacelar (PR-BA) Laerte Bessa (PR-DF) Wellington Roberto (PR-PB)

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