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Com fechamento de parque aquático, CBDA não tem para onde ir

A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos ainda não sabe para onde levar os cerca de 150 atletas que treinam no Parque Aquático Julio Delamare

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28/03/2013 às 21:11 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:58 - há XX semanas
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A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) tem até este fim de semana para retirar móveis e equipamentos de treino do Parque Aquático Julio Delamare, anexo ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã. O governo fluminense confirmou hoje (28) que o complexo aquático será fechado na segunda-feira (1º) para as obras da Copa do Mundo de 2014. O presidente da confederação, cuja sede fica no parque aquático, disse que foi pego de surpresa com o prazo dado pelo governo do estado, sendo informado da desocupação nos últimos dias. Coaracy Nunes Filho declarou que a decisão não foi negociada e pediu que o prazo fosse prorrogado pelo menos até o final do mês. “Não tenho nenhuma condição de sair daqui até segunda-feira”, ressaltou. O prazo, no entanto, não será estendido porque está no contrato com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), informou o governo. As pessoas que usam as instalações: alunos de natação, idosos e pessoas com deficiência, do Programa Esporte e Qualidade de Vida, serão transferidos para o America Football Club . Os atletas de base e de alto rendimento que treinam no parque aquático, cerca de 150 pessoas, a confederação estuda levá-los ou para o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes ou para o complexo aquático do Fluminense. O Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, foi descartado porque vai entrar em obras. “A surpresa é muito grande, não tive tempo de procurar”, disse Coaracy. “Mas estou atento a todas as possibilidades”, completou. Ele também não descarta levar os atlestas para treinar em outras cidades.“Posso levar o polo aquático para São Paulo, Bauru. A equipe de natação pode ir treinar no Pinheiros [clube de São Paulo], por exemplo. O Brasil é grande”, completou. Os atletas de saltos ornamentais estão angustiados com a indefinição às vésperas de competições importantes e com a ausência de ginásios nos clube mencionados – responsáveis pelo treinamento de ginástica. “Há duas semanas da competição, não sabemos onde treinaremos. É complicado. A competição vai nos dar índice para outras, internacionais”, declarou a saltadora Monica Lages. O atleta olímpico César Castro, que competiu nos Jogos de Londres, Pequim e Atenas, disse que o futuro dos atletas é “obscuro” e questiona o apoio ao esporte no país. “A gente, que pretende participar das Olimpíadas no Rio, em 2016, se vê tendo que sair do local de treinamento, quando imaginávamos que seria feito o melhor possível para o treinamento no Brasil”, disse à Agência Brasil. A CBDA estima deixar para trás cerca de R$ 100 mil em equipamentos, como raias e trampolins. Todo o material foi comprado pela confederação e fica com a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, conforme acordo para a utilização do Julio Delamare. Reformado por R$ 10 milhões em 2007, a instalação tem piscina olímpica, aquecida e um tanque de salto.

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