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Consultor de vendas é demitido após postar comentário homofóbico

A fala dele, que já foi apagada, revoltou vários usuários da rede social corporativa

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Redação iBahia

28/06/2019 às 18:26 • Atualizada em 30/08/2022 às 20:19 - há XX semanas
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Na semana do Dia Internacional do Orgulho LGBT, celebrado nesta sexta-feira (28), uma empresa de materiais de construção demitiu um consultor de vendas de 32 anos por ele ter postado um comentário homofóbico na publicação de um banco no LinkedIn que falava sobre "o papel da liderança LGBTQAI+ na construção de organizações mais diversas e inclusivas".

O ex-funcionário da Votorantim Cimentos escreveu na quarta-feira (26): "Líder é Líder, independente da escolha sexual. Agora ter um Líder LGBT... É de uma idiotice sem tamanho".

A fala dele, que já foi apagada, revoltou vários usuários da rede social corporativa, que marcaram o nome da empresa onde seu perfil indicava como seu local de trabalho. Já no dia seguinte à demonstração homofóbica, a Votorantim se manifestou por meio de um comunicado feito no espaço dos comentários da publicação original, informando que ele havia sido demitido e ressaltando que não compactua com o conteúdo da mensagem dele.

Foto: Reprodução/LinkedIn


"A Votorantim Cimentos reforça que não admite discriminação ou preconceito de nenhuma natureza, sejam eles de raça, religião, faixa etária, sexo, convicção política, nacionalidade, estado civil, orientação sexual, condição física ou quaisquer outros. A empresa também reitera que possui respeito às pessoas como valor incondicional e condena qualquer postura que não esteja condizente com o seu Código de Conduta. Com isso, após análise desse comportamento repudiado pela empresa, esclarecemos que o autor do post não faz mais parte do quadro de empregados da Votorantim Cimentos", afirma a nota da empresa.

Por outro lado, o perfil no LinkedIn desse profissional com habilidades em gestão afirma que um ponto positivo em sua forma de trabalhar é o "comprometimento seguindo diretrizes e políticas das empresas". Seu currículo diz ainda que ele trabalha há 11 anos nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Na Votorantim, porém, ele diz ter ingressado apenas em janeiro deste ano.

Nos comentários, a medida adotada pela empresa foi celebrada pela maior parte das pessoas.

"Primeiro, seja-bem vindo aos 13 milhões de desempregados. E essa era a postura que esperava de uma empresa séria e responsável como a Votorantim. Parabéns!", disse um internauta.

"Votorantim Cimentos, aplausos pela atitude e rapidez de reação. É o que as pessoas empáticas esperam ver nas empresas responsáveis e coerentes", afirmou outro.

"Oi Votorantim Cimentos, primeiramente queria parabenizar pela atitude e sensibilidade. E segundo, precisando de Executivo Comercial aqui no Sul, fico a disposição para um bate-papo", escreveu mais um numa mensagem bem-humorada.

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Houve também, contudo, críticas à demissão do consultor de vendas, dizendo que representou uma forma de "censura" à "opinião" do autor do comentário polêmico.

"Pode ser um comentário infeliz para alguns e não para outros. Mas foi uma opinião que pode abrir um debate. Debater, discutir é bom. Mas o que eu vi, foi um linchamento público/coletivo e que não consegue debater ideias. O que aconteceu com ele, pode acontecer com você no futuro. Não poder expressar sua opnião é censura. Isso é ruim. As pessoas ignorantes e preconceituosas que verão esse post vão ficar caladas e quando assumirem cargos importantes, pode prejudicar a comunidade x ou y", postou um internauta, sendo em seguida rebatido por um usuário da rede social:

"Sinto lhe dizer, mas se você acha que não há nenhuma ofensa nesse tipo de comentário você está incrivelmente enganado. Não é uma questão de divisão por grupos, é uma questão de visibilidade. Essa pauta tem que ser sim tratada por grandes e pequenas empresas, se você pesquisar e não se basear em falácias vai entender o porquê. Não é opinião quando atinge o bem estar social de outra pessoa, não é opinião quando fere outra pessoa. Isso se chama preconceito, ódio gratuito, ignorância, falta de convivência e empatia com as pessoas. E toma cuidado que agora é crime", explicou.

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