Criadores de conteúdo são capazes de influenciar milhares de pessoas, dependendo do alcance e do público de cada um. Não à toa, são chamados de influenciadores. Para ajudar a trazer mais conhecimento sobre a Amazônia e os povos que vivem na região, utilizando o "poder" dos influenciadores, a empreendedora social Kamila Camilo e o ativista e influenciador Raull Santiago criaram a CreatorsAcademy.
O projeto é uma experiência de imersão voltada para influenciadores e criadores de conteúdo adquirirem conhecimento e comunicarem sobre a Amazônia, seus povos e as mudanças climáticas que os afetam.
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A ideia principal da Creators Academy é levar influenciadores não familiarizados com a pauta ambiental para uma vivência na floresta e com moradores da região. Participando de debates sobre justiça climática, racismo ambiental, crise hídrica, soberania alimentar e outros assuntos que cercam o tema; espaços de interação e conhecimento; passeios e diversas experiências na mata, eles poderão entender as peculiaridades locais e com elas embasar informações reais que levarão a seu público, de forma autêntica e democrática.
O grupo contou com influenciadores e criadores de conteúdos baianos, como Val Benvindo, jornalista e apresentadora, e Midiã Noelle, também jornalista, mestre em cultura e fundadora da Commbne, comunicação baseada em inovação, raça e etnia.
Ao relatar a experiência, Midiã contou qual foi a primeira sensação ao chegar à Amazônia. "Percebi que eu sabia muito pouco. Tive a sensação de que eu precisava me dedicar mais, entender mais. Me reconectar mais. Eu acho que o contexto urbano no nosso dia a dia, o corre corre, a tecnologia vão afastando a gente desse momento de conexão mais espiritual retrospectivo de nos entender enquanto parte da natureza", disse.
Nos dias que passaram na Amazônia, Midiã e os outros influenciadores conheceram os moradores da comunidade ribeirinha Itumbira. "Foi interessante para me despir de olhares já talvez engessados sobre sobre o que é ser indígena", pontuou.
No local, eles conheceram histórias de que mora ali, cuida e preserva aquelas terras e ouviram sobre a relação dos povos indígenas e negros. "Teve um momento de uma fala de uma das participantes indígenas, que ela falou que as pessonas negras e indígenas estõa juntas há muito tempo. Desde o processo da escravização que a gente se cuida. A gente se mantém vivo. Então há uma parceria histórica entre povos indígenas e povos negros que a gente precisa manter. E fez uma convocação pra pessoas não negras, ou seja pessoas brancas, estejam abertas para a defesa do meio ambiente, porque não é uma causa só de pessoas ativistas", explicou a influenciadora.
O que mudou?
Depois de uma experiência imersiva como esta, após sair "mais enriquecida e mais desconstruída", não tem como manter a forma de se comunicar a mesma. Midiã já pensa de que forma pode contribuir para esse assunto chegar a mais pessoas.
"Primeira mudança que eu vou fazer enquanto produtora de conteúdo é conectar mais de que forma violências ambientais impactam pra todo mundo na nossa vida. Trazer mais pessoas indígenas pra trocarem comigo. Todo mundo tem lugar de falar sobre os temas, mas escutar quem vive as realidades é a melhor forma da gente estar compartilhando informações verídicas", ressaltou.
"A gente precisa de fato olhar agora. É urgente a pauta da Justiça climática, da preservação do meio ambiente, da Floresta Amazônica", concluiu.
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Redação iBahia
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