O ex-deputado e ex-presidente da Câmara cassado, Eduardo Cunha, irá depor pela primeira vez na tarde desta terça-feira (07), segundo informações do 'O Globo'. Cunha será interrogado pelo juiz federal Sérgio Moro. Ele é acusado de receber R$ 5 milhões em propina em um contrato para compra de um campo de petróleo, pela Petrobras, e por usar contas em bancos suíços para lavagem de dinheiro.
O advogado do ex-deputado, Marlus Arns, em entrevista ao jornal, contou que Cunha deve responder as perguntas de Moro, mesmo com o direito de permanecer calado, mas a defesa não sinalizou delação premiada.
Eduardo Cunha é acusado pelos crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Ele está preso no Complexo Médico Penal de Pinhas, no Paraná desde 19 de outubro. Quando deputado, Cunha tinha foro privilegiado e o processo era julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), com a perda do mandato, o caso foi encaminhado para o juiz Sérgio Moro.
O pedido de prisão de foi feito por Moro sob a afirmação de que a liberdade de Eduardo Cunha representava risco "à instrução do processo, à ordem pública, como também a possibilidade concreta de fuga em virtude da disponibilidade de recursos ocultos no exterior, além da dupla nacionalidade (Cunha é italiano e brasileiro)", afirmou a Justiça Federal do Paraná na ocasião.
A esposa de Cunha, a jornalista Cláudia Cruz, também é ré no processo que investiga os crimes de corrupção na Petrobras, a Operação Lava Jato. A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em junho deste de 2016 e teve a aceitação de Moro. Ela é acusada de manter, juntamente com o seu marido, contas bancárias não declaradas à Receita Federal na Suíça. As mesmas só foram declaradas após o surgimento das denúncias.
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Redação iBahia
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