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Dilma vai receber jogadores de futebol vítimas de racismo

"É inadmissível que o Brasil, a maior nação negra fora da África, conviva com cenas de racismo", afirmou a presidente do Brasil

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12/03/2014 às 16:26 • Atualizada em 02/09/2022 às 4:25 - há XX semanas
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A presidenta Dilma Rousseff vai receber amanhã (13), no Palácio do Planalto, representantes do movimento negro e dois jogadores de futebol vítimas de preconceito racial. Irá conversar com o volante do Cruzeiro, Paulo César Nascimento, o Tinga, e Marcos Arouca da Silva, o santista Arouca.
No domingo (9), pelo Twitter, Dilma lamentou os episódios de racismo contra Arouca e o árbitro Márcio Chagas da Silva, que também foi vítima de ofensas por ser negro. Antes, a presidenta havia manifestado solidariedade a Tinga. "É inadmissível que o Brasil, a maior nação negra fora da África, conviva com cenas de racismo", disse.
Dilma disse que o governo brasileiro, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Federação Internacional de Futebol (Fifa) estão se mobilizando para que a Copa do Mundo do Brasil sirva para combater o preconceito. "Estou convidando líderes religiosos do mundo a enviarem manifestações contra o racismo e pela paz”, escreveu a presidenta em sua conta pessoal no Twitter.
Arouca foi chamado de macaco por um torcedor, após uma partida pelo Campeonato Paulista, em Mogi Mirim, no interior de São Paulo. O árbitro Márcio Chagas da Silva também foi chamado de macaco e teve bananas deixadas por torcedores em seu carro, depois de apitar a partida entre Esportivo e Veranópolis, em Bento Gonçalves (RS). Tinga foi vítima de racismo durante uma partida disputada no Peru pela Copa Libertadores da América. Sempre que Tinga tocava na bola, a torcida peruana fazia sons imitando macaco.

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