Edison Brittes Júnior, o Juninho Riqueza, recebeu conselhos do policial civil afastado Edenir Canton antes de confessar ter matado o jogador Daniel Corrêa, em outubro. A informação foi divulgada pela RICTV Curitiba. Em áudios vazados, o suspeito diz ter recebido uma indicação do policial, conhecido como Gaúcho, para contratar um advogado. (Ouça abaixo)
Em outro áudio, o policial também aconselha Juninho a não procurar o defensor Cláudio Dalledone Júnior sem "montar uma estratégia" de defesa. Segundo reportagem publicada pelo UOL Esportes, uma pessoa próxima a Juninho confirmou a veracidade das gravações.
Edison Brittes enviou dois áudios ao advogado Rafael Pellizetti pedindo para marcar um encontro e citando a indicação feita por Edenir Canton. O policial civil havia sido afastado para responder a um processo por homicídio ocorrido em 2015.
Em entrevista ao UOL Esportes, Pellizetti afirmou que não aceitou defender Edison Brittes Júnior no caso Daniel Corrêa. "Ele me procurou no dia 31 de outubro [quatro dias depois do crime]. Edison Brittes me relatou o que tinha corrido e em virtude da brutalidade e covardia do crime, eu entendi que não poderia fazer esse tipo de defesa e aí ele decidiu por um próximo advogado. Esses áudios foram feitos entre ele e meu celular".
Além de Juninho, outros cinco suspeitos continuam presos sob suspeita de participação no crime.
O advogado do policial Edenir Canton, Samuel Rangel, enviou uma nota oficial. Confira na íntegra:
"Na qualidade de procurador e advogado do Senhor Edenir Canton, e tendo em vista o vazamento de áudios de supostas conversas suas com o acusado da morte do jogador Daniel, venho informar que estamos tomando conhecimento de tais áudios, e que maiores esclarecimentos serão apresentados no momento oportuno e para a autoridade competente, bastando por hora informar que não tem qualquer participação nos fatos, nem tampouco manteve qualquer conversa via seu celular ou através do aplicativo WhatsApp com o referido acusado, reiterando a intenção de colaborar com as autoridades em toda e qualquer investigação, dispondo-se a comparecer perante às autoridades competentes sempre que intimado."
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Redação iBahia
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