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Empresa é condenada a pagar R$ 1 milhão por trabalho escravo

Além do valor, a empresa também foi sentenciada a cumprir obrigações quanto à higiene, segurança, saúde e medicina do trabalho

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27/08/2014 às 19:29 • Atualizada em 27/08/2022 às 16:23 - há XX semanas
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A dona das marcas Sadia, Perdigão e Batavo, a BRF, foi condenada a pagar indenização por dano moral coletivo no total de R$ 1 milhão por manter trabalhadores em condições análogas às de escravos em uma fazenda no município de Iporã, no Paraná. Além do valor, a empresa também foi sentenciada a cumprir obrigações quanto à higiene, segurança, saúde e medicina do trabalho. Fiscalizada desde 2012, foi constatado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em Umuarama (PR) constatou seríssimas irregularidades trabalhistas nas atividades de reflorestamento realizadas na fazenda de propriedade da BRF. Segundo o órgão, as ilegalidades vão desde a jornada excessiva e as péssimas condições dos alojamentos até a contaminação da água fornecida aos trabalhadores para consumo. Leia mais: Perda de água chega a quase 40% nas maiores cidades do Brasil Funcionário terceirizado da Via Bahia morre em acidente com carreta Secretaria oferece curso gratuito de informática em Periperi Corpo de doméstica morta atropelada no Rio Vermelho será enterrado na Ilha de Itaparica
A empresa está no ramo alimentício desde 1944 e é dona de outras marcas
Ao Terra Magazine, o procurador do trabalho Diego Jimenez Gomes, responsável pelo caso, afirmou que o caso fere o senso ético da sociedade. ""A situação encontrada configura trabalho degradante, já que foram desrespeitados os direitos mais básicos da legislação trabalhista, causando repulsa e indignação, o que fere o senso ético da sociedade", afirmou. No relatório do processo, a BRF afirmou que as atividades de reflorestamento eram feitas por uma empresa terceirizada, afastando sua total responsabilidade. Porém, a Justiça do Trabalho considerou que a empresa deveria ser condenada por não garantir um meio de trabalho saudável.

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