As companhias aéreas devem repassar para os consumidores a fatura de R$ 550 milhões, resultado da greve dos caminhoneiros que afetou voos em todo o pais. Também deverá sobrar para os clientes uma conta de R$ 420 milhões, referentes ao fim da desoneração da folha de pagamento para aéreas.
O transporte aéreo está entre os 11 setores vetados pelo presidente Michel Temer no projeto da reoneração da folha. De um total de 28 setores previstos no projeto aprovado pelo Congresso, 17 continuarão tendo o benefício até 2021.
— Será inevitável reduzir a oferta de voos e aumentar tarifas — disse um executivo do setor.
Segundo essa fonte, o custo adicional atinge em cheio as empresas aéreas, que vinham em processo lento de recuperação em 2018, depois de 20 meses seguidos de crise. Na tentativa de minimizar o impacto, as companhias prometem atuar no Congresso para derrubar o veto. O assunto foi discutdo nesta sexta-feira pelas empresas.
Apenas nos primeiros oito dias da greve, o prejuízo das empresas aéreas chegou a R$ 400 milhões, segundo o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz.
Além dos mais de 270 voos cancelados por falta de abastecimento de combustível, Sanovicz lista uma série de outros problemas que impactam no setor.
— O número de no shows (de pessoas que não se apresentam para o voo) numa segunda-feira, é de 4% a 5%, hoje esse percentual chegou a 17%. Isso sem falar nos cancelamentos. Quando não temos aviso prévio de que o passageiro não vai, não podemos, por exemplo, reduzir antecipadamente o número de voos e otimizar a malha — diz o presidente da Abear.
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Redação iBahia
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