Até 2016, a área de segurança de grandes eventos receberá investimentos federais no valor de R$ 2,32 bilhões, dos quais R$ 1,17 bilhão para a Copa do Mundo – parte deles já aplicados na Copa das Confederações – e R$ 1,15 bilhões para os Jogos Olímpicos. O planejamento foi apresentado na terça-feira (17) pelo secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, Andrei Augusto Passos Rodrigues. Ele informou que, além de serem usados em grandes eventos, os equipamentos e tecnologias ficarão como legado para as forças de segurança, que contarão ainda com o pessoal capacitado. "Nada que é investido pelo governo federal, pelo Ministério da Justiça, tem foco unicamente nos Jogos", disse Rodrigues. Todo o equipamento fará parte do cotidiano das cidades. "Estamos com pesados investimentos na área de tecnologia de sistemas, de equipamentos, enfim, de materiais que realmente serão úteis nos dois focos: segurança dos eventos e legado para o dia a dia das cidades.” Está prevista a capacitação de 5.017 profissionais das instituições que fazem parte do Sistema Integrado de Comando e Controle de Segurança Pública para Grandes Eventos, disse Rodrigues, ao participar do Seminário de Gestão de Multidões, Manifestações e Distúrbios Civis nos Grandes Evento, que vai até sexta-feira (20), no Rio de Janeiro. O seminário reúne cerca de 150 profissionais dos órgãos estaduais de Segurança Pública das 12 cidades-sede da Copa do Mundo, além de representantes da Secretaria de Direitos Humanos, do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil. O objetivo é debater a questão e elaborar o Plano de Gestão de Multidões, que será encaminhado à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos. Leia mais Brasil quer sediar Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2019 Torcedor que desistir de ingresso da Copa vai pagar taxa à Fifa O secretário explica que uma das motivações para o seminário foram os protestos ocorridos nos últimos meses. “A preocupação da secretaria é com a segurança como um todo dos grandes eventos. Esse é um dos eventos que estamos promovendo, que está sim focado na questão das manifestações. É um evento que envolve não só as forcas policiais, mas também diversas instituições, advocacia geral da união, ministério público, OAB, Defensoria, direitos humanos, imprensa, para que nós tenhamos a visão de cada uma dessas instituições, e, com isso, consigamos traçar uma diretriz que vai refletir no planejamento operacional para os próximos eventos”. Ele destaca que o Sicc, coordenado pela Sesge, estará completo até o fim do ano. “Hoje nenhuma instituição pode pretender realizar a segurança de um evento dessa magnitude, como Copa do Mundo e Olimpíadas, de maneira isolada. Então o Sistema Integrado de Comando e Controle, que hoje já está funcionando quase que na sua plenitude nas seis unidades da federação que tiverem jogos, e até o final do ano estará nas demais unidades, é o grande vetor dessa integração. E a secretaria então trabalhará intensamente nesse sentido, para que nós tenhamos jogos no nosso país de maneira pacífica e segura”. Para a Copa das Confederações, foram mobilizados 54 mil profissionais de segurança pública. A previsão para a Copa do Mundo é de ultrapassar os 100 mil agentes.
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