Sete anexos do acordo da delação do ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, que teve negociação para acordo de delação premiada cancelada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foram revelados pela revista "Veja" neste sábado. A publicação, que não reproduz o s documentos, afirma que o tríplex do Guarujá, as obras no sítio de Atibaia, caixa 2 para campanha da presidente afastada Dilma Rouss eff e sobre propinas negociadas durante a gestão de dois tucanos - o governador José Serra, em São Paulo, e Aécio Neves, em Minas Gerais. Segundo a revista, Léo Pinheiro ficou sabendo por meio de uma reportagem do GLOBO, publicada em 2010, que Lula seria o proprietário de um tríplex no edifício Solaris, no Guarujá, que a empreiteira havia assumido da Bancoop, cooperativa insolvente do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Vaccari, que havia presidido a cooperativa, teria confirmado a Léo Pinheiro que Lula seria o proprietário e ficou combinado que o valor seria abatido das propinas que o PT tinha a receber decorrentes de contratos na Petrobras. De acordo com a revista, Léo Pinheiro diz que, mais tarde, Paulo Okamotto, do Instituto Lula, entrou em contato com ele dizendo que Lula queria conhecer a unidade. O próprio Leo acompanhou a visita de Lula e sua mulher, Marisa Letícia, e, em seguida, a OAS iniciou uma reforma que não seria cobrada do ex-presidente. A reportagem afirma que o tríplex do Guarujá foi o anexo 1 do acordo de colaboração de Léo Pinheiro e o empresário teria dito que não havia expectativa de negociar a venda do tríplex a Lula, pois a negociação era tratada por ele como abatimentos de créditos de propinas ao PT e, também, como retribuição aos serviços prestados pelo ex-presidente para a internacionalização da OAS. A revista afirma que, em 2014, Okamotto chamou Léo Pinheiro para uma reunião no Instituto Lula. Chegando lá, foi atendido por Lula , que lhe pediu abertamente um a reforma no sítio de Atibaia. Segundo o empresário, não houve qualquer menção a pagamento pelos serviços, e ficou implícito que a remuneração viria dos créditos de propina do PT ou dos serviços prestados por Lula em favor de negócios da empresa do exterior. O próprio Lula teria pedido alteração na porta principal da casa, que obrigou a empreiteira a demolir uma parede da cozinha e, consequentemente, teve de ser feito um novo projeto para os móveis planejados. "Eu e Lula ainda fizemos uma vistoria geral no sítio", teria dito o empresário, acrescentando que Lula também demonstrou preocupação com a impermeabilização do lago. Léo Pinheiro teria dito que o sítio nunca foi apontado como sendo de terceiros, ao contrário, era mencionado como propriedade de Lula. Léo Pinheiro também teria dito que em 2011 pediu a Paulo Okamotto incluir Costa Rica num roteiro de Lula pela América Central, pois a OAS estava se preparando para fazer negócios no país. Okamotto teria dito que Lula poderia influenciar em prol dos negócios e a OAS contratou o ex-presidente para fazer uma palestra naquele país, em agosto de 2011, pagando R$ 200 mil para a LILS Palestras. Depois da palestra Lula teria incluído Léo Pinheiro num jantar oferecido pela então presidente da Costa Rica Laura Chinchilla. Durante o encontrou, Lula o apresentou à Laura e afiançou a empresa, dizendo que o governo da Costa Rica poderia atuar com a empreiteira sem qualquer preocupação. Veja diz ainda que Léo Pinheiro afirmou que foi também Okamotto que pediu, em 2010, quando Lula ainda era presidente, que a empresa custeasse a guarda do acervo presidencial, já que o mandato estava prestes a ser encerrado. Okamotto teria dito que Lula poderia ajudar a empresa a aumentar sua presença no exterior por meio de sua influência junto a outros governantes. Léo Pinheiro disse que concordou em pagar a conta de R$ 1 milhão pela guarda do acervo visando contar com o apoio de Lula.
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Redação iBahia
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