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A entrevista concedida à TV Globo na noite desta sexta-feira (3) pelo ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, gerou muita polêmica e discussões entre governistas e oposicionistas. Para alguns a repercussão foi positiva, para outros, nem tanto. O deputado federal da Bahia e líder do DEM na câmara, ACM Neto, resolveu também se manifestar e, em comunicado, não se mostrou satisfeito com as explicações de Palocci. "A entrevista não fala nada, não acrescenta nenhuma informação, ele é vazio nos pontos que interessa, nas empresas que contrataram os seus serviços e a origem do recurso. Ele falar foi inútil, não deveria ter passado por essa, falou, falou e não disse nada", afirmou o político baiano. A polêmica sobre o significativo aumento do patrimônio pessoal de Palocci iniciou quando a "Folha de S.Paulo" informou que o ministro teve o patrimônio aumentado em 20 vezes entre 2006 e 2010. No período, ele exercia mandato de deputado federal e coordenou a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Na entrevista concedida a Globo, Palocci afirmou que todo o faturamento da sua empresa, a Projeto, foi registrado nos órgãos de controle tributário e que seus ganhos, em boa parte, vieram a partir de serviços prestado com emissão de notas fiscais regulares. Mas para ACM Neto, o ministro ainda tem que dar muitas explicações à Câmara: "Ficou no ar numa nebulosa grande. Reforçou a necessidade de ele ir à Câmara, se defrontar com os deputados sobre as coisas graves que a empresa dele fez". Já para Romero Jucá, senador do PMDB e líder do governo no Senado a entrevista foi tranquila: "Ele falou o que poderia falar respeitando a confidencialidade dos contratos e acho que esclarece a posição dele e dá um ponto importante de que não pode haver exploração política nesse caso". O deputado estadual e presidente nacional do PT concordou com Jucá: “Achei a entrevista muito convincente. Desde o início, sempre achei que ele [Palocci] tinha dado as respostas sobre sua consultoria, agora ele detalhou. Ele mesmo afirmou, e sempre achei isso também, que não há nenhuma crise, e com essas informações detalhadas acredito que se encerra o assunto”. As informações são do G1.