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Família de médica demitida do Sírio pede investigação por ameaça

Médica estava no pronto-socorro do Hospital Sírio Libanês quando Dona Marisa chegou à unidade de saúde

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Redação iBahia

08/02/2017 às 12:14 • Atualizada em 31/08/2022 às 22:18 - há XX semanas
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A família da médica Gabriela Munhoz, de 31 anos, contratou advogados criminalistas para que solicitem à polícia de São Paulo investigação sobre a origem de ameaças que ela vem recebendo via e-mail e redes sociais.
A médica vem recebendo mensagens anônimas desde que O GLOBO publicou reportagem sobre o compartilhamento de informações do diagnóstico da ex-primeira dama dona Marisa Letícia. As mensagens estão sendo reunidas pela família para que sejam levadas à polícia.
Munhoz estava no pronto-socorro do Hospital Sírio Libanês quando Dona Marisa chegou à unidade de saúde e confirmou em um grupo de antigos colegas de faculdade que o diagnóstico era de Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico de nível 4 na escala Fisher — considerado um dos mais graves.
Segundo o site da revista “Veja”, Gabriela vai também tentar reverter na Justiça sua demissão do Sírio Libanês, por conta do caso.
O primeiro a postar informações sobre a internação de dona Marisa foi um colega do mesmo grupo, o médico Pedro Paulo de Souza Filho, que publicou imagens de uma tomografia atribuída à paciente.
A confirmação do diagnóstico por Gabriela gerou comentários agressivos de colegas da médica no grupo e se espalhou por outros grupos de whatsapp. Munhoz foi demitida pelo Hospital Sírio-Libanês depois que o hospital tomou conhecimento das mensagens.
Em nota divulgada na noite desta terça-feira por sua família, a médica negou ter feito piadas sobre o estado de saúde da ex-primeira-dama.
“Minhas palavras foram descontextualizadas e distorcidas. Não fiz piadas ou ironias com o estado de saúde da ex-primeira-dama, não desejei seu mal, nem deixei que qualquer ideologia político-partidária interferisse na minha conduta médica. Infelizmente, acabei sendo usada em uma discussão política que jamais foi minha intenção”.
Procurada pelo GLOBO na última semana, quando o caso veio à tona, ela não quis se manifestar. A colegas, alegou ter confirmado informações já divulgadas na mídia, em grupo restrito de médicos de sua confiança. Lamentou que tenham sido compartilhadas com outros grupos e disse não ter tido contato pessoal com o prontuário.
Na nota divulgada nesta terça, a médica afirmou não ter divulgado ou compartilhado imagens de exames médicos de dona Marisa Letícia, nem informações sigilosas sobre seu diagnóstico. “Não tive contatou visual ou pessoal com ela, nem com seu prontuário médico”, escreveu, na nota.
“Lamento muitíssimo o falecimento de Dona Marisa e qualquer aborrecimento que esse assunto tenha gerado à sua família em um momento tão delicado e de tanto sofrimento. Em nenhum momento, imaginei ou tive a intenção de produzir ou acentuar ainda mais a dor dos familiares e amigos”, escreveu a médica.

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