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Filha do casal dormia no quarto enquanto mãe matava executivo

Eliza, presa desde a segunda-feira, confessou o crime. Ela deu um tiro na cabeça do marido e o esquartejou

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07/06/2012 às 19:10 • Atualizada em 28/08/2022 às 4:25 - há XX semanas
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A filha de 1 ano do casal Matsunaga estava no apartamento na noite em que o executivo da Yoki foi morto e esquartejado pela esposa, segundo informações da Polícia Civil de São Paulo. Marcos Kitano Matsunaga foi assassinado pela mulher, a bacharel em direito Elize Araújo Kitano Matsunaga, com um tiro na cabeça depois de uma discussão motivada pela descoberta de traições do empresário. Eliza, presa desde a segunda-feira, confessou o crime. Na noite desta quarta-feira (6), foi feita uma reconstituição do caso e foi constatado que a menina dormia em um dos quartos da casa enquanto a mãe matava o pai, na noite de sábado (19 de maio). A babá foi dispensada pela suspeita horas antes do crime. "A nova babá chegou às 5h e não percebeu nada", disse ao G1 Jorge Carlos Carros, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A menina acordou aproximadamente às 6h30, quando a nova babá já havia chegado para tomar conta da criança, de acodo com o advogado da família da vítima, Luiz Flávio D'Urso. "No momento em que houve o disparo, estavam os três no apartamento”, disse D’Urso, falando da família, incluindo a filha. O esquartejamento só teria acontecido no domingo. "Depois que chegou essa babá, na manhã do dia seguinte, é que a Elize foi para o quarto onde estava Marcos [diretor da Yoki]. Foi aí que, até segundo a própria confissão, ela começou o esquartejamento”, explica D'Urso. Elize depois saiu com os pedaços do corpo do marido em três malas - ela ficou 12 horas fora de casa, período em que a criança ficou com a babá. A polícia não divulgou se já ouviu oficialmente as duas babás. A criança já está de volta ao apartamento onde ocorreu o crime, liberado depois de perícia. Ela está aos cuidados de uma tia materna e passa bem. Os familiares de Marcos ainda não sabem se vão pedir a guarda da menina, intenção da família da mãe. Segundo o advogado D'Urso, eles aguardam o final da investigação para pensar no tema. Reconstituição - Elize foi levada ao apartamento no final da noite de quarta-feira, depois de prestar depoimento por oito horas. No local, ela indicou os cômodos onde a polícia poderia encontrar sangue usando luminol, um reagente químico. Um boneco foi usado na reconstituição. Elize indicou onde atirou no marido, por onde o arrastou e onde aconteceu o esquartejamento. Os peritos encontraram vestígios de sangue em todos os pontos indicados pela suspeita. "Todos os locais estavam coerentes com os vestígios encontrados. Ela atirou nele na sala e depois o arrastou até um quarto de hóspede, uma distância de 15 metros. O luminol indicou por onde ela foi arrastado e depois onde o esquartejou, no banheiro da empregada. A versão dela foi comprovada com reagentes. Um destes reagentes comprovou que se trata de sangue humano. Agora o exame de DNA deverá comprovar que é o sangue do Marcos. Com a simulação, temos a comprovação de toda a dinâmica do crime", disse o perito Ricardo Salada. A arma que Elize usou no crime, uma pistola .380 que ganhou do marido, estava guardada em gaveta na sala onde aconteceu o crime. A viúva chegou a se emocionar durante a reconstituição. "Mas creio que muito mais por preocupação do que vai ocorrer com a filha. Em termos de arrependimento, não me pareceu", diz o perito. Foram retiradas do apartamento 30 armas, incluindo fuzis e uma submetralhadora, que faziam parte da coleção que o executivo tinha.

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