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Filho do fundador das Casas Bahia é acusado de estupro

Denúncia foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo

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Redação iBahia

23/12/2020 às 12:15 • Atualizada em 31/08/2022 às 12:48 - há XX semanas
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O filho do fundador das Casas Bahia, Saul Klein, está sendo acusado de estuprar e aliciar 14 mulheres em 2008. Os crimes teriam acontecido durante as festas realizadas na casa do empresário, em Alphaville. A denúncia foi divulgada pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, na noite desta segunda-feira (22).

De acordo com as informações, as vítimas contaram que eram procuradas por aliciadores nas redes sociais para um falsa contratação de uma empresa. Ela teriam sido conduzida para um teste, onde precisavam se exibir de biquíni ou roupa íntima para Saul Klein em flat.

De acordo com a coluna, os eventos contavam com a presença de até 30 mulheres que eram forçadas a ficar de biquíni e a realizarem atos sexuais com o filho do fundador das Casas Bahia.

Elas também eram obrigadas a ingerirem drogas e permanecerem trancadas e vigiadas. Além disso, elas eram forçadas a se submeterem a consultas com médicos ginecologistas e cirurgiões plásticos antes dos eventos.

Ainda de acordo com a coluna, a acusação presente no despacho da Justiça dizia que as vítimas eram constantemente ameaças e ganhavam documentos falsos, principalmente aquelas que eram adolescentes. Uma das mulheres tentou até se suicidar.

Em nota enviada à coluna, a defesa negou os crimes e afirmou que o empresário é um sugar daddy (expressão para designar relações românticas de homem mais velhos com mulheres jovens sustentadas por dinheiro e presentes).

Ainda segundo o comunicado, Saul contratava uma agência para lhe trazer sugas babies.

A defesa disse ainda que seu cliente “vem sendo vítima de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele” e que “várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação”.

“Ele era o ‘daddy’ de todos os ‘daddies’, do qual todas as ‘babies’ gostariam de ser ‘babies’”, afirmou o pronunciamento do advogado André Boiani e Azevedo. Eles pontuaram ainda que a relação de Saul com as mulheres nem sempre tinha um cunho sexual e que, quando isso ocorria, era algo consensual.

De acordo com o advogado do empresário, os pagamentos eram mediados pela agência. Quanto ao envolvimento de menores de idade, a defesa de Saul confirmou, mas alegou que a garota apresentou um documento falso.

De acordo com as informações da coluna, Saul entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com as mulheres do processo por solicitação do Ministério Público de São Paulo. O caso corre em segredo de Justiça.

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