A ex-deputada federal Floredlis dos Santos Souza foi considerada culpada pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo e condenada a 50 anos e 28 dias de prisão.
Na manhã deste domingo (13), a pastora foi considerada a pessoa que tramou contra o marido por disputas, na família, por dinheiro e influência, sendo condenada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado, além uso de documento falso e associação criminosa armada.
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Além de Flordelis, Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica da ex-deputada, foi condenada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
Outros dois filhos da pastora também já haviam sido condenados pelo crime de homicídio, foram eles Flávio dos Santos Rodrigues, filho biológico, acusado de atirar no padrasto. Recebeu a sentença de 33 anos e dois meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, porte ilegal de arma, uso de documento ilegal e associação criminosa armada.
O terceiro filho condenando foi Lucas Cézar dos Santos Souza, filho adotivo, apontado por comprar a arma do crime. Recebeu a sentença de sete anos e meio por homicídio triplamente qualificado. A pena foi reduzida por ter colaborado com as investigações.
O Crime
Anderson foi morto a tiros na noite de 16 de junho de 2019, logo após chegar na casa da família no bairro de Pendotiba, em Niterói (RJ). Em um primeiro momento, Flordelis disse se tratar de uma tentativa de assalto. Posteriormente, ela abandonou essa versão e passou a dizer que o crime teria ocorrido em reação ao comportamento abusivo do pastor. Ela, no entanto, nega saber a autoria.
De outro lado, o inquérito policial concluído em agosto de 2020 indicou ter ocorrido um homicídio a mando da então parlamentar. As investigações também implicaram parte de sua família, composta ao todo por mais de 50 filhos, dos quais três são biológicos e os demais adotivos ou classificados como afetivos. O motivo do crime teria sido a disputa por poder e pelo controle financeiro na família.
Flordelis se elegeu deputada federal em 2019 pelo Partido Social Democrático (PSD). Devido à imunidade parlamentar, ela não poderia ser presa no curso das investigações, o que só ocorreu dois dias após sua cassação ser aprovada na Câmara dos Deputados, em agosto de 2021.
Antes, no entanto, outros suspeitos já haviam sido detidos. Logo após o enterro do pastor, foram presos o filho biológico da ex-deputada Flávio dos Santos, acusado de ser o autor dos disparos, e o filho adotivo Lucas dos Santos, que seria o responsável pela compra da arma.
Em 2020, quando o inquérito policial foi concluído, também foram presos os outros dois filhos biológicos – Adriano dos Santos e Simone dos Santos -, três filhos adotivos – Marzy Teixeira, André Luiz de Oliveira e Carlos Ubiraci Silva – e a neta Rayane dos Santos. Eles foram acusados de envolvimento no crime ou de tentarem atrapalhar a investigação.
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Redação iBahia
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