Os reflexos do terremoto ocorrido na noite de ontem (16) no Chile chegaram ao Brasil devido a força do abalo sísmico sem provocar danos. “Dado o tamanho desse fenômeno, que foi realmente grande, ele conseguiu emitir ondas grandes o suficiente para ser sentido aqui, principalmente por pessoas em condições mais favoráveis”.A explicação é do pesquisador do Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo, Marcelo Bianchi. O terremoto de magnitude 8,3 na escala Richter abalou o Norte e Centro do Chile, causando a morte, de pelo menos, dez pessoas.A Defesa Civil de São Paulo recebeu chamadas de moradores das regiões da Avenida Paulista, da zona norte e da zona leste da capital com queixas de tremores de baixa intensidade. A unidade da Universidade Anhembi Morumbi, localizada na Avenida Paulista, dispensou os alunos por volta das 20h15.O Corpo de Bombeiros recebeu mais de 50 ligações, principalmente dos bairros Tatuapé, zona leste e Vila Mariana, na zona sul, e também das cidades vizinhas de Guarulhos e Osasco. Não houve registro de feridos.Segundo Biachi, foram sentidos no Brasil apenas reflexos da movimentação das placas tectônicas ocorrida no Chile. Porém, por aqui, não houve abalo sísmico. Apenas pessoas que estavam em regiões mais altas ou com solo favorável puderam sentir a vibração do tremor ocorrido a 2,5 mil quilômetros de distância. O epicentro do abalo foi localizado a 71 quilômetros da cidade de Illapel, na Província de Choapa, localizada ao norte da capital, Santiago.O pesquisador disse que tremores de menor intensidade acontecem corriqueiramente no Brasil. “O que a gente tem no Brasil são terremotos pequenos, que causam danos locais. Você tem terremotos no Nordeste ou no interior de São Paulo que causam danos localmente. Às vezes um bairro é afetado. Uma casa sofre um dano”, destacou sobre as ocorrências registradas pelo Centro de Sismologia cerca de uma vez por semana.O único caso de morte por terremoto no país aconteceu em Itacarambi, Minas Gerais. O tremor ocorrido em novembro de 2007 derrubou uma parede, matando uma criança de 5 anos.
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