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Fórum discute transformação das manifestações em trunfo

Para o presidente do Fórum Nacional, as manifestações populares, que ganharam força no país, podem trazer ganhos o Brasil

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10/05/2014 às 23:22 • Atualizada em 02/09/2022 às 3:28 - há XX semanas
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A transformação das mobilizações populares em trunfo para o desenvolvimento do país é o tema da nova edição do Fórum Nacional, evento promovido, há 26 anos, com o objetivo de discutir ideias para a modernização do Brasil. Organizado pelo Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae), o evento ocorrerá a partir da próxima segunda-feira (12) no Rio de Janeiro.
Os movimentos de rua serão analisados pelo cientista político Marcos Coimbra, durante o evento que, pela primeira vez, sairá da sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e ocupará as instalações da Caixa Cultural, no centro do Rio de Janeiro.
Para o presidente do Fórum Nacional, superintendente-geral do Inae e ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, as manifestações populares, que ganharam força no país, a partir de junho do ano passado, podem trazer ganhos para o desenvolvimento do Brasil. “Nós temos que analisar a situação para poder propor soluções”, frisou.
Velloso interpretou os protestos como sinal de uma crise sociopolítica, “porque são manifestações em todos os cantos do país”. Para o ex-ministro, isso significa que o povo brasileiro está pouco confiante nas suas instituições. Ele acredita que os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm que estar mais atentos à sociedade e esta, por sua vez, “tem que se manifestar mais”, embora "sem violência", para defender o interesse público.
Os especialistas que participarão da nova edição do Fórum Nacional debaterão o que pode ser feito para que o Brasil possa crescer com mais pujança no cenário atual. Reis Velloso definiu o novo Brasil que se procura conquistar a um país das reformas e das oportunidades. A ideia é que, a partir das reformas que serão propostas e de pelo menos 15 grandes oportunidades que vão ser apresentadas durante o fórum, a economia possa crescer pelo menos 5% ou 6% ao ano.
“E possamos colocar o Brasil na rota dos países desenvolvidos no espaço de, pelo menos, uma geração, como já fez a Coreia [do Sul], que era o nosso grande concorrente nos anos de 1970 e, hoje, é um país desenvolvido e está na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico [OCDE], enquanto nós estamos entre os emergentes”, criticou. Dentre as reformas necessárias para o desenvolvimento brasileiro, o ex-ministro citou a da educação, seguida das reformas tributária, política, previdenciária e trabalhista, entre outras.
A sessão de abertura, programada para ocorrer à tarde, abordará a visão estratégica para que o Brasil encontre novos caminhos para as políticas macroeconômicas, dê salto na competitividade internacional, em especial na área industrial, passando pela economia do conhecimento, tecnologia e inovação, que o ex-ministro chama de “nova revolução industrial”.
A solenidade deve contar com a participação do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e dos ministros Guido Mantega, da Fazenda; Mauro Borges, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Marcelo Neri, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. Os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Nissan do Brasil, François Dossa, também participarão da abertura do fórum. As discussões sobre os diferentes temas envolvendo especialistas, autoridades governamentais e representantes dos setores empresarial e acadêmico prosseguirão até quarta-feira (14).

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