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Governo determina afastamento da cúpula do ministério dos Transportes

Decisão ocorreu depois de denúncia da revista 'Veja' de superfaturamento

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02/07/2011 às 18:20 • Atualizada em 27/08/2022 às 6:18 - há XX semanas
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O governo federal determinou, neste sábado (2), o afastamento da cúpula do Ministério dos Transportes, depois de denúncias de superfaturamento em obras públicas apontadas em reportagem da revista “Veja” desta semana. Em nota, o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, comunicou o afastamento temporário dos servidores Mauro Barbosa da Silva, chefe de Gabinete do ministro; Luís Tito Bonvini, assessor do Gabinete do ministro; Luís Antônio Pagot, Diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura dos Transportes (Dnit); e José Francisco das Neves, Diretor-Presidente da Valec. O ministro permanece no cargo. Por meio da nota, Alfredo Nascimento nega que tenha sido "conivente" com supostas irregularidades que tenham ocorrido no ministério. Segundo a reportagem, representantes do PR, partido o qual pertence o ministro Alfredo Nascimento e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados ao ministério teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras. Segundo a revista, em reunião com o ministro na semana passada, a presidente Dilma Rousseff teria classificado como "abusivo" a elevação do orçamento de obras em ferrovias federais. Ainda de acordo com a reportagem, o orçamento passou de R$ 11,9 bilhões, em março de 2010, para R$ 16,4 bilhões em junho deste ano. O aumento no orçamento de obras da pasta teria sido de 38% em pouco mais de um ano. "O Ministro de Estado dos Transportes, Alfredo Nascimento, rechaça, com veemência, qualquer ilação ou relato de que tenha autorizado, endossado ou sido conivente com a prática de quaisquer ato político-partidário envolvendo ações e projetos do Ministério dos Transportes", diz a nota. Alfredo Nascimento determinou ainda a instauração de uma sindicância interna para apurar as supostas irregularidades envolvendo os funcionários da pasta. O ministro também solicitou para a Controladoria-Geral da União (CGU) apoio nas investigações. Os procedimentos administrativos que darão início à investigação devem ser iniciados já nesta segunda-feira (4). Os funcionários supostamente envolvidos na fraude serão afastados temporariamente, em "caráter preventivo e até a conclusão das investigações". As informações são do G1.

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