O governo resolveu adotar uma solução temporária para bancar as despesas bilionárias como programa de desconto da conta de luz. Um decreto publicado na sexta-feira (6) permite que a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) pague as despesas das distribuidoras coma compra de energia no mercado de curto prazo, usando R$ 1,2 bilhão em recursos do Tesouro Nacional. Algumas distribuidoras não conseguiram contratar, em um leilão realizado em dezembro, toda a energia que precisavam para atender à demanda de seus consumidores ao longo de 2014. O documento, no entanto, não faz menção às despesas geradas pela energia produzida nas usinas térmicas, mais caras que as hidrelétricas. Dessa forma, permanece a possibilidade de que a conta das termoelétricas sobre para o consumidor, via reajustes tarifários. Veja também: Obras do Parque São Bartolomeu têm previsão de entrega em maio Aeronave com 170 pessoas pega fogo durante pouso Os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia informaram que a CDE vai repassar R$ 1,2 bilhão às distribuidoras, porém, fontes do setor informaram que a despesa total, incluindo as térmicas, era de R$ 1,8 bilhão. O decreto também afirma que será pago apenas o gasto coma compra de energia no curto prazo relativo ao mês de janeiro. No ano passado, o governo assumiu a despesa do ano todo. Como novo decreto, o governo ganha mais tempo para encontrar uma solução definitiva. Segundo a Agência Estado, por dificuldades fiscais, as térmicas tendem a não ser bancadas pelo Tesouro. No momento, disse uma fonte da agência, a decisão é que o setor elétrico assuma o restante da despesa. O governo também aposta no período de chuvas, que pode vir a recompor os reservatórios das hidrelétricas.
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