Integrantes de um grupo religioso de Campo Belo, distrito de São Paulo, denunciaram a organização após serem submetidos a sessões com veneno de um sapo. Segundo o site IstoÉ, o grupo se chama "Xamanismo Sete Raios" e o veneno utilizado é o "Bufo Alvarius".
Depois de extraído do sapo, o veneno pode ser inalado, liberando diversas substâncias psicodélicas como o 5-MeO-DMT, proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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O assunto foi amplamente comentado nas redes sociais depois que a advogada Gabriela Augusta Silva procurou o grupo em 2021 , em busca de tratamento. Ela queria superar o luto pela morte do irmão, que faleceu em 2017.
Ao inalar o veneno, Gabriela passou a ter crises de pânico e ansiedade, além de problemas respiratórios e pensamentos suicidas. Em defesa, o grupo alegou que a utilização do Bufo Alvarius "foi uma situação eventual e episódica, que cessou tão logo recebemos orientação jurídica".
“Intolerância religiosa é crime — e todas as injúrias promovidas pelo casal, na sua ânsia persecutória, serão oportunamente debatidas e esclarecidas perante a Lei. O Xamanismo Sete Raios é uma fundação religiosa que há 10 anos reverencia e apoia diretamente a cultura originária e os povos da Amazônia, por meio de doações recorrentes, da conscientização sobre os direitos indígenas e num trabalho de fortalecimento da cultura e da sabedoria ancestral”, disse o grupo, em nota.
Outros integrantes também denunciaram que não foram avisados da ilegalidade do veneno. Ainda segundo a IstoÉ, o grupo já é alvo de um inquérito de possível tráfico de drogas pela Polícia Civil de São Paulo. Caso está sendo investigado pelo Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
Redação iBahia
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