Uma situação inusitada surpreendeu os fiéis durante a missa em ação de Graças aos 23 anos de uma organização que auxilia dependentes químicos em Teresina, no Piauí, no último 26 de junho. Uma senhora que preferiu não ter seu nome divulgado reconheceu um homem de 54 anos que havia sido considerado morto uma semana antes pela própria família.
Trata-se do artesão Geraldo Humberto de Carvalho que vivia em situação de rua devido ao alcoolismo. De acordo com Célio Barbosa, coordenador geral da Fazenda da Paz, Geraldo encontrou apoio para superar a dependência na comunidade terapêutica, onde está há três meses. No entanto, a perda de contato com sua família fez com que ele fosse dado como morto. Até mesmo um corpo foi reconhecido no Instituto Médico Legal (IML), velado e enterrado, como se fosse do artesão.
— Quando ocorreu a missa de comemoração de aniversário da Fazenda da Paz, ele estava em processo de recuperação. Foi um momento de muita alegria. A família enterrou um homem muito parecido com seu Geraldo e a senhora que o reconheceu contou que ele foi reconhecido pela careca, então ela começou a chorar — disse Célio ao EXTRA.
O coordenador da organização afirmou ainda que "agora é uma luta para mostrar que ele está vivo", já que a família cuidou de toda a documentação de óbito de Geraldo. — É um outro processo com relação ao outro homem que foi enterrado — acrescentou.
— É um artesão de mão cheia, muito bom, faz esculturas sacras. Mas, por conta do alcoolismo, viveu na rua por algum tempo. A família agora está junto ao IML e à Secretaria de Segurança para regularizar a documentação dele nos cartórios, para provar que Geraldo está vivo. Agora é preciso ressuscitá-lo juridicamente — contou o coordenador, salientando que o artesão já voltou a trabalhar com sua arte e a família o está ajudando. — Deus sabe o que faz. Ele tinha perdido os laços familiares e está recomeçando — completou.
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Redação iBahia
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