A morte do farmacêutico José Eduardo Elian, de 46 anos, durante uma briga de trânsito na Avenida Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, está causando comoção em redes sociais. A vítima levou pelo menos seis tiros no rosto ao pedir ao motorista de um Astra R$ 50 para cobrir seu prejuízo com o retrovisor quebrado. A quantia foi entregue, mas logo em seguida o motorista, o soldado da Polícia Militar Cleiton de Oliveira Guimarães, fez os disparos. José Eduardo morreu no local. Guimarães foi preso e responde por homicídio qualificado.
Amigos do farmacêutico compartilham a hashtag #SomosTodosEduardo. Num texto emocionado, um deles comentou sobre o empenho da vítima para concluir a faculdade e o amor que tinha à profissão:
"Nossa homenagem vai para esse grande cara. José Eduardo Elian, que teve sua vida brutalmente interrompida por um monstro escondido em uma farda de Policial Militar, que efetuou 6 disparos contra a sua cabeça em uma briga de trânsito na Avenida Brasil. Executou, porque ele pediu R$ 50.00 para consertar o retrovisor de sua moto. Uma violência gratuita. Hoje mais uma família chora. Hoje mais um filho enterra o seu pai. Que Deus conforte o coração de todos os amigos e familiares do Eduardo. Uma pessoa boa demais, de um coração enorme... Que ralou muito para concluir sua faculdade de farmácia, amava o que fazia. Que Deus o receba em seus braços. #maisamorporfavor".
Nos comentários, muitos lamentaram mais um episódio de violência:
"Esse é o país que eu não queria, mas infelizmente o povo está com uma desumanidade e uma brutalidade que nos assusta e nos afeta diariamente. Que Deus realmente conforte o coração da família, que são os que realmente perdem, né?".
"Que triste. Onde vamos parar? Sentimentos à família".
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Recado para o filho da vítima
No perfil do filho do farmacêutico, Eduardo Elian, uma pessoa que não conhece o jovem deixou uma mensagem de apoio na última postagem pública dele.
"Desculpe-me por vir aqui sem lhe conhecer pessoalmente. Trabalho na mesma área que seu pai trabalhou de forma tão Honrosa. Ótimo colega, profissional, acrescentou muito na comunidade da Pedreira! Deixo meus sentimentos sinceros. Todos os colegas estão muito tristes. Um abraço para vc e toda a família. Que Deus faça justiça!", escreveu uma colega de trabalho de José Eduardo.
Além de Eduardo, o farmacêutico tinha outro filho. José morava em Campo Grande, na Zona Oeste, e trabalhava numa clínica da família no Morro da Pedreira, em Costa Barros, para onde se dirigia quando aconteceu o acidente com o carro do PM.
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Redação iBahia
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