A idosa de 61 anos que foi atingida por uma bala perdida dentro do Hospital Santa Martha, em Santa Rosa, na Zona Norte de Niterói, corre o risco de perder a visão. De acordo com o filho dela, a mulher foi atingida no olho direito e a bala ficou alojada na cabeça.
- A gente não tem segurança mais em lugar nenhum em Niteró. A gente está com uma campanha presidencial e também para o governo do estado, mas ninguém se manifesta sobre a nossa segurança. Como vou votar em alguém se não tenho a certeza de que vou acordar vivo?Uma pessoa acamada, que está num hospital e sofre um ataque desses de bala perdida. É revoltante - disse o filho da idosa, um programador de 41 anos que preferiu não se identificar.
Morador do Fonseca, também na Zorte Norte da cidade, ele disse que não pretende tirar a mãe do hospital:
- Não quero tirar a minha mãe daqui, porque o problema é não é o hospital, é o que está em volta. A gente não tem que se mudar da nossa casa porque o tráfico está aqui. O tráfico é que tem que se mudar.
Segundo parentes, a idosa é moradora de Maricá e trabalha como auxiliar de serviços gerais. Ela estava internada na unidade desde o dia 23 de julho para tratar de um problema na vesícula, e estava acompanhada da filha mais nova, de 38 anos, quando uma bala atravessou a janela do quarto 306 da unidade, que fica de frente para a comunidade Souza Soares, e atingiu seu rosto. Ela estava deitada na cama.
De acordo com testemunhas, no momento que o tiro atingiu a idosa ocorria um tiroteio na comunidade. A troca de tiros teria começado após um baile funk. Em nota, a Polícia Militar informa que agentes do12º BPM (Niterói) foram acionados pela Central 190. A polícia, no entanto, não confirma se ocorria alguma operação na localidade no momento em que o tiro foi disparado.
Lucas de Almeida, 21 anos, pai de uma menina que nasceu nesta madrugada na maternidade do hospital, contou que o tiroteio deixou os pacientes e também a equipe do hospital em pânico durante a madrugada. Ele conta que ficou na frente da filha com medo de que ela também pudesse ser atingida por um tiro:
- Primeiros começaram os fogos por volta de 1h. Depois começou tiroteio até 3h da manhã. Fiquei na frente da minha filha porque fiquei com medo. Todo mundo foi para o corredor, enfermeira correndo. Algumas pessoas deitaram no chão. E 3h o baile começou de novo.
O caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí), que instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do crime.
"Diligências estão em andamento para elucidar o fato", diz trecho da nota da polícia.
Procurado, o hospital ainda não se manifestou sobre o episódio e nem sobre o estado de saúde da vítima.
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Redação iBahia
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