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Jean Wyllys gera polêmica ao sugerir punição de líderes religiosos por homofobia

O deputado acha que padres e pastores devem ser sancionados por atacarem homossexuais em seus programas de TV e rádio

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26/12/2011 às 12:10 • Atualizada em 14/09/2022 às 1:20 - há XX semanas
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O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ), provocou uma nova polêmica ao afirmar, em entrevista ao UOL e à Folha que padres e pastores devem ser sancionados por atacarem homossexuais em seus programas de TV e rádio, e por promoverem programas de "recuperação" ou "cura" da homossexualidade. Jean disse que a punição deve ser estabelecida em lei, e sugere uma adequação ao projeto de lei que criminaliza a homofobia. "A afirmação de que homossexualidade é uma doença gera sofrimento psíquico para a pessoa homossexual e para a família dessa pessoa... Eu acho que tem que haver uma sanção. Eu quero que a gente compare, simplesmente, com outros grupos vulneráveis para saber se é bacana. Alguém que chegue e incite violência contra mulheres e contra negros, ou contra crianças nesse país... Vai ser bem aceito?", questionou. Durante a entrevista, o deputado afirmou que os religiosos "são livres para dizerem no púlpito de suas igrejas que a homossexualidade é pecado". O problema seria o uso de concessões públicas para "demonizar e desumanizar uma comunidade inteira, como é a comunidade homossexual". Jean explica que o inaceitável são as igrejas financiarem programas de recuperação e de cura de homossexualidade. "E o pastor promover esse tipo de serviço nos seus cultos e dizer: 'Vocês, homossexuais, venham para os nossos programas de terapia e de cura de homossexualidade'". Para ser adequado como crime de homofobia, primeiro é preciso promover o discernimento, como explica o deputado. "A ideia, por exemplo, de que se o projeto for aprovado ninguém vai poder chamar o outro de veado numa partida de futebol, torcidas rivais não vão poder fazer piadas nesse sentido. O que não é o caso. O projeto prevê a proteção da comunidade LGBT contra a injúria e contra o impedimento do acesso ao direito. Por exemplo: é um direito meu expressar publicamente meu afeto no teatro, no shopping center e não ser banido desses lugares por conta disso". Sobre a união estável entre homossexuais, Wyllys disse que não a considera o bastante. "E também não acredito que nós homossexuais temos que nos contentar com uma sorte de gueto. Nós não temos que ficar com a união estável enquanto o restante da população tem direito ao casamento civil. Isso seria uma cidadania de segunda categoria", ressaltou. Confira a entrevista na íntegra

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