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Jovens torturados são recebidos por comissão da OAB

Jovens foram obrigados a tirar a roupa por seguranças que cuidavam das ruas do centro na quinta-feira passada (21)

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27/01/2016 às 20:49 • Atualizada em 29/08/2022 às 10:52 - há XX semanas
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Três jovens grafiteiros agredidos e torturados por seguranças no centro comercial Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), centro do Rio, na semana passada, foram ouvidos hoje (27) pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro (OAB-RJ).
Os jovens foram obrigados a tirar a roupa por seguranças que cuidavam das ruas do centro na quinta-feira passada (21). Vídeo publicado pelos próprios agressores nas redes sociais mostra os grafiteiros, apenas de cueca, sendo espancados com barras de ferro, ameaçados de morte e pintados com tinta. A 4ª Delegacia de Polícia está apurando o caso com base no vídeo.
O presidente da comissão da OAB, Marcelo Chalréo, disse que os jovens estão com medo e talvez sejam necessárias medidas protetivas. “Os meninos estão muito abalados, foram profundamente surrados, inclusive um deles está com fraturas em uma das pernas. Estão temerosos, porque foram ameaçados de morte.”
“Estamos representando os meninos e vamos analisar o inquérito ainda hoje, ver quais as medidas que a autoridade policial tomou até o momento para então indicarmos o que considerarmos necessário. É possível que alguma medida de proteção aos rapazes seja solicitada”, adiantou Chalréo.
Investigação
Por meio de nota, a assessoria da Saara repudiou a atuação dos seguranças e informou que o grupo que aparece torturando os rapazes usa colete preto e atua “de forma ilegítima no Saara sob a orientação de seus contratantes”. A assessoria disse que o centro comercial solicitou às autoridades policiais, no segundo semestre de 2015, que investigassem o grupo, já citado em casos de violência anteriores.
Nas redes sociais, um dos rapazes agredidos, que teve a perna fraturada, conta que ele e os colegas voltavam de um evento de grafite em Santa Teresa, no centro, quando os seguranças os abordaram e os acusaram de vândalos por estarem com tintas nas mochilas.
No texto, ele pergunta: “Até quando? Até quando os preconceitos vão oprimir cidadãos trabalhadores para um mero prazer de satisfação ao ego, até quando pessoas assim 'vão tomar conta da gente!? '. Aliás, tomam conta de quem!? De quem eles julgam certo ou errado!? E se fosse com um filho seu!?”, diz o texto.

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