Documentos apreendidos na Operação Lava Jato indicam que o desvio de dinheiro público não teria ocorrido só na Petrobras. O crime pode ter se estendido a outros setores. A Polícia Federal encontrou uma planilha da Hidrelétrica de Jirau na mesa de João Procópio de Almeida Prado, apontado como o braço direito do doleiro Alberto Youssef. O documento ao qual o Jornal Nacional teve acesso ontem é o ‘demonstrativo de resultado’, com a contabilidade da empreiteira Camargo Corrêa, no Rio Madeira, em Rondônia. A Camargo Corrêa foi uma das sócias do consórcio que arrematou a concessão, mas já vendeu a participação dela. João Procópio seria o elo entre Youssef e a Camargo Corrêa. Em depoimento à Justiça, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa já havia indicado a participação das empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato em obras de outros setores, inclusive o elétrico.
“Essas empresas não só no âmbito da Petrobras, mas no âmbito em modo geral nas grandes obras do país, quer seja ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos, o Brasil fica restrito a essas poucas empresas”, afirmou Paulo Roberto Costa. Um levantamento da ONG Contas Abertas, no último balanço das obras do PAC, mostra que as empreiteiras participam de 10 projetos de geração de energia, entre elas usinas hidrelétricas no Pará, Maranhão e Piauí. Os valores ainda não estão definidos. A descoberta da planilha da hidrelétrica de Jirau vai servir de base a investigações da Polícia Federal sobre a atuação do chamado “clube de empreiteiras” no setor elétrico. Segundo a Polícia Federal e o Ministério Público, as empreiteiras que participavam do esquema se organizavam numa espécie de ‘clube’ para distribuir entre elas obras e contratos. A Camargo Corrêa declarou que desconhece a planilha citada.Matéria Original Correio 24 Horas: Lava Jato: Documentos indicam desvios em obras do setor elétrico
Hidrelétrica de Jirau (Foto: Governo do Acre/Divulgação) |
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