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Ludmilla comenta caso de mulher negra expulsa de avião: 'Cansativo'

Samantha Vitena foi expulsa do voo 1575 da Gol, que saía de Salvador com destino à São Paulo

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Redação iBahia

29/04/2023 às 20:17 - há XX semanas
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					Ludmilla comenta caso de mulher negra expulsa de avião: 'Cansativo'
Foto: Reprodução

A situação vivida por uma mulher negra que foi expulsa de um avião da Gol, no aeroporto de Salvador, ganhou repercussão nas redes sociais durante este sábado (29). Uma das pessoas que comentaram sobre o caso foi a cantora Ludmilla, que se mostrou indignada com a situação.

"É cansativo demais ser mulher preta no Brasil. A primeira recomendação da companhia quando você embarca é não despachar eletrônicos na bagagem e agora justificam essa atitude racista justamente com isso? Absurdo! Queremos um posicionamento e desculpas públicas à Samantha Barbosa!", escreveu a cantora no Twitter.

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Samantha Vitena foi expulsa do voo 1575 da Gol, que saía de Salvador com destino à São Paulo. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a mulher explicando para os outros passageiros que não teve auxílio dos comissários para colocar a bagagem no avião, por ter sido orientada a despachar a mala.

Enquanto Samantha desabafa sobre o ocorrido, outros passageiros acusam a empresa aérea de racismo pela situação.

"Se eu despachasse o meu laptop ficaria aos pedaços. Os comissários não moveram um dedo para me ajudar, quem me ajudou foi esse senhor e essa senhora, que em 3 minutos a gente conseguiu dar um jeito e colocar minha mochila. Pelo contrário, os comissários falaram pra mim que se agente pousasse em Guarulhos a culpa era minha, porque ele não teve coragem de falar isso para mim. A culpa não é porque o voo está 2 horas atrasados. Sendo que tem mais de 1 hora que eu coloquei a mochila aqui."

No vídeo é possível ver três policiais no aguardo para conduzir Samantha para fora da aeronave. "Agora vem 3 homens para me tirar do voo, três homens para me tirar do voo sem falar o motivo. Eu perguntei qual é o motivo que está me tirando desse voo, ele não vai falar", desabafa.

De acordo com a comunicadora Elaine Hazin, que também estava no voo e foi a primeira a compartilhar o episódio na web, Samantha foi ajudada por Manoel Soares, que conseguiu dois advogados para auxiliar a mulher após a retirada do voo.

"A tripulação ignorava completamente o desespero desta mulher que era obrigada a despachar a mochila com seu computador - sendo, inclusive, acusada por parte da tripulação de ser "a razão do atraso". Ela foi levada pela Polícia, eu quase foi levada junto por defendê-la, me agrediram, me ameaçaram. A mãe de Samantha chorava desesperada ao telefone por não saber o destino de sua filha. (...) Graças ao meu amigo Manoel Soares, Samantha não ficou só e teve o apoio de 2 advogados".

Procurada pelo iBahia, a Gol Linhas Aéreas Inteligentes informou que a passageira foi removida do voo por não ter aceitado a solução proposta pela companhia aérea para transportar a bagagem dela. De acordo com a empresa, a retirada de Samantha da aeronave aconteceu por motivos de segurança.

"A GOL informa que, durante o embarque do voo G3 1575 (Salvador - Congonhas), havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos Clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma Cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo.

Lamentamos os transtornos causados aos Clientes, mas reforçamos que, por medidas de Segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A Companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a GOL e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso."

Em nota, a Polícia Federal afirmou que foi acionada pelo comandante do voo para "efetuar o desembarque de passageira que não teria acatado as ordens, referentes à segurança de acomodação de bagagens".

A PF ressaltou que o comandante exerce autoridade desde o momento em que se apresenta para o voo até o momento em que entrega a aeronave, tendo autonomia para solicitar apoio da Polícia Federal. Ainda segundo a nota, Samantha foi ouvida pela Polícia Federal e liberada em seguida.

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