O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na tarde desta segunda-feira, por meio de carta lida por seu advogado, Cristiano Zanin, que não aceita "barganhas" para deixar a cadeia, onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro.
— Não troco minha dignidade pela minha liberdade. Tudo que os procuradores devem fazer é pedir desculpa ao povo brasileiro, à minha família — afirmou Lula, na carta lida na frente da Superintendência da Polícia Federal do Paraná.
Nesta segunda-feira, a juíza Carolina Lebbos, responsável pelo processo de execução da pena do ex-presidente, pediu que a Polícia Federal encaminhe uma certidão da conduta carcerária do petista. O procedimento é necessário para que a magistrada decida se irá conceder a progressão de Lula para o regime semiaberto, como pedido pelo Ministério Público Federal na última sexta-feira.
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De acordo com o MPF, Lula cumpre os requisitos para receber o benefício:
"Uma vez certificado o bom comportamento carcerário (...) requer o Ministério Público Federal que seja deferida a Luiz Inácio Lula da Silva a progressão ao regime semiaberto", escreveram os procuradores no documento.
No regime semiaberto, o preso deixa a cadeia durante o dia para trabalhar e retorna à noite para dormir.
No entanto, no Paraná, a Justiça permite uma modalidade específica que só é utilizada no estado e que é chamada de “semiaberto harmonizado". Com isso, o preso pode ficar em prisão domiciliar somente naquele estado, desde que monitorado por tornozeleira eletrônica. Esse é o caso de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, que progrediu de regime no mês passado.
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Redação iBahia
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