Além de ser réu por assédio sexual contra três atrizes, incluindo a humorista Dani Calabresa, Marcius Melhem passou a ser também investigado por violência psicológica e perseguição contra em publicações nas redes sociais e em entrevistas.
De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o inquérito para apuração dos crime foi aberto no dia 22 de agosto pelo Ministério Público de São Paulo. Entre as denunciantes, está Dani Calabresa, que é identificada no documento apenas pelas iniciais.
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A humorista e as outras duas atrizes foram ouvidas pelo órgão. No entanto, os detalhes do depoimento não foram divulgados. Já Melhem deverá ser ouvido no dia 15 de setembro.
Na representação, foram anexados vídeos que Melhem publicou no canal dele no YouTube, aberto em abril sob o argumento de que ele precisava se defender das acusações.
Durante as gravações, ele responde às atrizes e exibe trocas de mensagens, algumas de conteúdo sexual. Na decisão à que a Folha teve acesso, o promotor Paulo Henrique Castex determina que os vídeos sejam armazenados como provas.
No documento, o promotor relata que as atrizes se dizem vítimas de uma campanha difamatória, o que teria gerado um ataque massivo de "haters" e provocado transtornos psicológicos e psiquiátricos que tiveram impacto em suas carreiras.
"A violência psicológica constitui forma de 'slow violence', cumulativa e persistente, que paulatinamente compromete a paz e a tranquilidade da mulher, sendo capaz de desencadear na vítima sofrimento, dano emocional e até mesmo diversas patologias de ordem psíquica", afirma Castex.
Procurado pela Folha, Melhem afirmou que essa é uma tentativa de calar a defesa dele e tirar do ar o canal. O humorista afirma ainda que só abriu a página no site depois que as atrizes concederam entrevista sobre o caso, tornando a situação pública,
"Ninguém sofreu violência psicológica maior que eu e minhas filhas. Ao contrário delas, tive minha carreira interrompida, fui ameaçado de morte e tive que deixar por um tempo o país. Minhas filhas sofreram bullying e danos psicológicos que não vão poder superar e estão até hoje em tratamento", diz Melhem.
Já a advogada Mayra Cotta, que representa as atrizes, disse que não pode se manifestar sobre o caso, que tramita sob sigilo.
Redação iBahia
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