A empresa Match Services, que detém direitos exclusivos sobre a comercialização de pacotes de hospitalidade (que inclui ingressos e serviços VIP) da Copa do Mundo, divulgou nota em que considera a prisão de seu diretor, o britânico Raymon Whelan, “arbitrária e ilegal”. Whelan foi preso na Operação Jules Rimet, da Polícia Civil, que investiga a venda ilegal de ingressos da Copa, no último dia 7. O executivo da empresa, associada à Federação Internacional de Futebol (Fifa), acabou sendo solto por determinação da Justiça fluminense na madrugada do dia seguinte. Segundo a nota da Match, “a polícia está fazendo suposições sem uma investigação apropriada e sem o mínimo entendimento de como realmente funciona o sistema de venda de ingressos e pacotes de hospitalidade". A empresa também criticou o vazamento de fragmentos de conversas telefônicas entre Whelan e o franco-argelino Lamine Fofana, suspeito de ser um dos chefes de um esquema de venda ilegal de ingressos para a Copa 2014. Sobre as conversas, a Match informou que não há evidências de qualquer crime no diálogo entre os dois. A Match também considerou ilegal o vazamento de “escutas privadas de conversas de Ray”. A empresa diz que a Polícia Civil não quer passar informações sobre os 83 ingressos e pacotes de hospitalidade apreendidos no quarto de Whelan, no hotel Copacabana Palace, na zona sul do Rio. A nota informa ainda que a Match está disposta a enviar registros de negociações da empresa para a polícia, a fim de provar a inocência de Whelan. A Polícia Civil encaminhou ontem (9) ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) o relatório final do inquérito da Operação Jules Rimet, que indicia 12 pessoas por cambismo (venda ilegal de ingressos) e associação criminosa. Foram pedidas as prisões preventivas de 11 delas, entre os quais a de Raymond Whelan.
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