O número de beneficiários de planos de saúde vem diminuindo no país. Apenas no terceiro trimestre, entre julho e setembro deste ano, o segmento perdeu 236 mil beneficiários, uma queda de 0,5% em relação ao trimestre anterior. Dados anualizados mostram a desaceleração do setor. Há um ano, em setembro de 2014, o setor apresentou crescimento de 2,75% em relação ao ano imediatamente anterior. Essa taxa veio caindo a cada trimestre e foi negativa em setembro deste ano (0,3%). É a primeira redução, em termos anuais, ao longo da série histórica.
Em setembro, o país contava 50,3 milhões de pessoas com plano de saúde, redução de 0,5% com relação ao trimestre anterior. Por outro lado, os planos exclusivamente odontológicos apresentaram alta de 5%, chegando a 21,9 milhões de beneficiários. De acordo com a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), a queda pode ser atribuída à atual conjuntura econômica do país. A desaceleração registrada nos planos médicos pode ser atribuída ao momento econômico do país, em especial à retração do mercado de trabalho e do rendimento real dos brasileiros, resultado de ajustes feitos por alguns segmentos empresarias.
A inclusão socioeconômica nos anos recentes – com incremento de setores produtivos – esteve entre os principais impulsionadores da Saúde Suplementar”, disse, em nota, a federação. De 2013 para 2014, o setor de saúde suplementar cresceu 2,75%. Apesar de a FenaSaúde considerar a queda “acentuada”, de acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) a análise do período anual mostra estabilidade no setor.
“Avaliamos que, na comparação anual, que não sofre influência de efeitos sazonais como na análise trimestral, a queda de 0,3% representa uma quase estabilidade, o que demonstra a resiliência desse setor em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) e até ao nível de emprego”. Na avaliação do IESS, a queda mais acentuada no trimestre também não indica uma tendência, pois há expectativa de recuperação da atividade econômica para os próximos 12 meses. “No trimestre, a queda foi mais acentuada, confirmando o que já ocorria no trimestre anterior. Entretanto, não é possível afirmar que essa seja uma tendência, porque não é esperado que a atividade econômica mantenha a intensidade de queda registrada nos últimos 12 meses”.
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