Cerca de 57% dos motoristas de ônibus urbanos consideram a profissão desgastante e 35,9% acreditam que ela é perigosa, apontou pesquisa divulgada hoje (21) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Apesar das críticas, a maioria (75,5%) disse que está satisfeita e não tem vontade de trocar de emprego.
De acordo com a entidade, é a primeira vez que uma pesquisa levanta o perfil dos motoristas de ônibus urbanos. Foram entrevistados 1.055 motoristas nas garagens das empresas e em terminais rodoviários de 12 unidades da Federação. Do total de profissionais ouvidos, 68,7% são motoristas de ônibus há mais de cinco anos e rodam por dia, em média, 51,9 km durante uma jornada de 8,3 horas.
Sobre os perigos da profissão, 28,7% afirmaram que já foram vítimas de assalto pelo menos uma vez nos últimos dois anos e 33,2% declararam que estiveram envolvidos em ao menos um acidente de trânsito no mesmo período.
De acordo com a pesquisa, além da segurança, os profissionais também apontam a infraestrutura como um obstáculo para o bom funcionamento do serviço prestado à população. O pavimento das ruas foi considerado regular, ruim ou péssimo para 77,6% dos entrevistados e a fluidez do tráfego foi apontada como um problema por 81,8%.
Entre as reivindicações citadas pela categoria estão mais segurança policial (61,7%) e a necessidade de pontos de apoio ao motorista com mais conforto e estrutura (33,7%). Cerca de 29% também acreditam que se houvesse mais vias exclusivas para ônibus o serviço fluiria melhor.
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Redação iBahia
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