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Ministros e ONU Mulheres repudiam ofensas sexistas a Dilma

Material teria sido produzido em Recife e foram vendidas cinco unidades, cada uma custava R$ 38,90

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03/07/2015 às 21:34 • Atualizada em 01/09/2022 às 17:49 - há XX semanas
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A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, recebeu nesta sexta-feira (3) o diretor de Relações Governamentais do site de vendas Mercado Livre, Murilo Laranjeira. Ele pediu nesta quinta (2) para falar com a ministra depois que adesivos com ofensas de cunho sexual à presidenta Dilma Rousseff foram expostos à venda no site.
Segundo Eleonora Menicucci, o material foi produzido em Recife e foram vendidas cinco unidades, cada uma custava R$ 38,90. “Eu vou ouvir, mas comunicarei a ele que, do ponto de vista civil e penal, ele também será responsabilizado”, disse a ministra, que fez representação ao Ministério Público Federal, à Advocacia-Geral da União e ao Ministério da Justiça pedindo investigação e punição para os responsáveis. O Mercado Livre é uma espécie de vitrine para vendedores independentes comercializarem seus produtos. Os adesivos foram retirados do site.

Governo denuncia ao Ministério Público adesivos com ofensa sexual a Dilma (Foto: Reprodução)

Durante a entrega da pauta de reivindicações da 5ª Marcha das Margaridas, Eleonora Menicucci, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, repudiaram a ofensa e disseram que a consideram uma violência de caráter machista contra todas as mulheres.
A ONU Mulheres emitiu nota de repúdio aos “ataques sexistas” a Dilma, e diz que se trata de violência política sem precedentes. A nota ressalta que “é ultrajante e extremamente agressiva a apologia de violência sexual" contra a presidenta da República, Dilma Rousseff, retratada em adesivos para automóveis, como "expressão de misoginia [ódio, desprezo ou repulsa ao gênero feminino e às características a ele associadas] e interpelação dos direitos humanos de mulheres e meninas”.
A entidade defende que nenhuma discordância política ou protesto pode abrir margem ou justificar a banalização da violência contra as mulheres – prática patriarcal e sexista que invalida a dignidade humana.

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