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Morando há 9 anos em UTI, jovem comemora aniversário em casa

Jovem deixou hospital por quatro horas para visitar a família em São José dos Campos

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12/12/2014 às 20:10 • Atualizada em 01/09/2022 às 1:41 - há XX semanas
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Nesta sexta-feira (12), no dia do seu aniversário, um adolescente festejou a única chance do ano de estar em casa com a família e os amigos. Desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) há nove anos, Alan Marques vive na UTI do Hospital Municipal em São José dos Campos, município de São Paulo.
Às vésperas de completar 16 anos, Alan colocou seus óculos escuros e boné para comemorar seu aniversário e viver o dia mais aguardado do ano. "Estou ansioso para chegar em casa", disse Alan. O adolescente mora no hospital desde os 7 anos porque depende de equipamentos mecânicos para respirar, já que uma das sequelas do AVC foi o comprometimento desta função. Alan não pode permanecer mais que quatro horas fora da unidade.
(Foto: Antonio Basilio/PMSJC)
Para proporcionar que o jovem tenha a chance de conviver com a mãe, os irmãos, primos e tios em casa, pelo menos um dia no ano, uma equipe médica com oito profissionais é necessária. "Este é o terceiro ano que ele passa o aniversário na casa da família. Diariamente tentamos fazer com que ele tenha uma rotina mais parecida com o normal possível e esta visita faz parte da inserção social dele. Ao mesmo tempo a hora de ir embora é quando ele fica mais triste", disse a psicopedagoga Verônica Lessa, que acompanha o jovem diariamente no hospital.
Devido ao problema do filho, Lindalva Osório, mãe de Alan, alugou uma residência próxima ao hospital, facilitando as visitas diárias da mãe e do irmão mais velho, Igor, 18 anos. "No início dormia no hospital todos os dias, mas era difícil encontrar alguém para ficar com meus outros filhos, que eram pequenos", lembrou a mãe.
Além do AVC, Allan sofre de uma doença degenerativa neurológica de causas genéticas, que o deixou tetraplégico. "Mesmo com o comprometimento cervical, Alan responde muito bem mesmo diante das limitações. Ele desenvolveu a capacidade de controlar a entrada de ar pelo respirador e assim conseguir falar, e com a ajuda de uma caneta digita no computador e joga videogame", destacou a médica Bruna Biglia.
Correio24horas

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