Cria da Maré", como gostava de dizer, Marielle Franco (PSOL) foi eleita vereadora do Rio de Janeiro com 46 mil votos, mas sua trajetória política foi interrompida por assassinos ainda desconhecidos que, no dia 14 de março, atiraram no carro em que ela estava. A vereadora e o motorista Anderson Gomes morreram com os disparos, e as investigações sobre o crime passaram a ser acompanhadas de perto pela comunidade internacional e entidades de defesa de direitos humanos.
Cem dias após os assassinatos, a Agência Brasil publica uma linha do tempo com as principais repercussões, protestos e desdobramentos da investigação, que segue sob sigilo na Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Os 100 dias do assassinato de Marielle e Anderson
1) 14 de março
Marielle Franco e Anderson Gomes são mortos a tiros à noite por ocupantes de um veículo que seguiu os dois desde a Câmara Municipal
2) 15 de março
Presidente Michel Temer diz que assassinato de vereadora é atentado à democracia
3) 16 de março
Corpos de Marielle e Anderson são sepultados
Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, se reúne com interventor federal e diz que acompanhará investigações
PF abre inquérito para investigar origem da munição
4) 18 de março
Conselho Nacional de Direitos Humanos pede proteção para família e amigos de Marielle
5) 20 de março
Manifestação reúne milhares de pessoas no centro do Rio e pede justiça
6) 21 de março
Papa Francisco telefona para família de Marielle
7) 29 de março
Secretário de Segurança Pública admite que morte de Marielle pode estar ligada à atuação política da vereadora
8) 4 de abril
Polícia Civil ouve vereadores em investigação
9) 9 de abril
Colaborador ouvido pela Polícia Civil é encontrado morto
10) 10 de abril
Ministro da Segurança Pública diz que hipóteses se afunilaram
11) 13 de abril
Anistia Internacional cobra solução do crime
12) 14 de abril
Missa marca um mês de morte da vereadora
Manifestações em 13 estados lembram um mês do assassinato de Marielle e Anderson
13) 16 de abril
Possibilidade de participação de milicianos no assassinato tem crescido, diz Jungmann
14) 2 de maio
Câmara Municipal aprova projetos de Marielle e dá seu nome à tribuna
15) 9 de maio
Testemunha acusa vereador Marcelo Siciliano e ex-policial militar Orlando da Curicica de responsabilidade no crime. Siciliano afirma ser vítima de um factoide
16) 10 de maio
Polícia Civil faz reconstituição do crime
17) 14 de maio
Vereador Marcelo Siciliano nega envolvimento com milícias da zona oeste
18) 16 de maio
Ex-PM Orlando da Curicica presta depoimento e nega participação no assassinato
19) 14 de junho
Crime completa três meses e pai de Marielle diz que, “sem solução, quem matou terá carta branca"
Viúva de Anderson Gomes fala sobre o luto e conta que ainda não conseguiu voltar para casa
20) 19 de junho
Suspeito de envolvimento nas mortes de Marielle e Anderson é transferido para presídio federal
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Redação iBahia
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