O Ministério Público Federal (MPF) denunciou nesta sexta-feira (4) à Justiça o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais 16 investigados na 17ª fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Com base nas afirmações feitas pelo empresário Milton Pascovicth em depoimentos de delação premiada, a Polícia Federal concluiu nesta semana o inquérito que baseou as denúncias contra Dirceu, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o ex-executivo da empreiteira Engevix Gerson Almada e outros acusados. De acordo com as investigações da PF, ficou comprovado o recebimento de vantagens ilícitas pelo grupo, que, segundo a investigação, era comandado por Dirceu. Dirceu está preso há um mês na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em função das investigações da 17ª fase da Operação Lava Jato. Na segunda-feira (31), por orientação de seus advogados, o ex-ministro permaneceu em silêncio, durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em Curitiba. A Agência Brasil entrou em contato com o advogado Roberto Podval, representante da Dirceu, mas as ligações não foram atendidas. A defesa do ex-tesoureiro do PT reafirma que Vaccari somente arrecadou doações licitas, por meio de depósitos bancários e com recibos.
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