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Navio à deriva bate na Ponte Rio-Niterói e via tem interdições por mais de 15h; veja o que se sabe sobre o acidente

Caso está sendo apurado pela Marinha. Ninguém ficou ferido

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Redação iBahia

15/11/2022 às 16:24 • Atualizada em 15/11/2022 às 17:21 - há XX semanas
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					Navio à deriva bate na Ponte Rio-Niterói e via tem interdições por mais de 15h; veja o que se sabe sobre o acidente
Foto: Reprodução

Um navio à deriva bateu na Ponte Rio-Niterói na noite de segunda-feira (14) e causou interdições na via por pelo menos 16h, sendo a pista totalmente liberada nesta terça (15). Ninguém ficou ferido.

A embarcação teria sido movida até a ponte pelos ventos fortes que atingiram a região ao longo do dia. A Marinha investiga o acidente.

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Um vídeo feito por um motorista que passava pela região mostra o momento da colisão. O barulho é impressionante. Assista a imagem abaixo:

Veja o que se sabe até agora:

Mau tempo e ventania

O acidente aconteceu durante um temporal no Rio de Janeiro. Ao longo do dia, fortes ventos atingiram a cidade, que chegou a ficar em estágio de mobilização. Segundo o Alerta Rio, houve registro de vento forte nos aeroportos do Galeão (57,4 km/h) e Santos Dummont (53,7km).

Navio

O navio foi identificado pelas autoridades como sendo o graneleiro São Luiz, que estava ancorado na Baía de Guanabara desde 2016. A embarcação estava vazia no momento do acidente. A âncora de 7,5 toneladas deveria manter o navio, que tem 200 metros de extensão por 30 de largura, parado. No entanto, a estrutura foi movida por aproximadamente 1 quilômetro até atingir a ponte, pouco antes das 18h30.

O cargueiro está vazio desde 2018. Antes disso, o navio era tripulado por marítimos da empresa Navegação Mansur, fundada nos anos 30 e dona do navio desde 1994, ano em que ele desceu a rampa do antigo estaleiro Caneco, no Caju. Quando ainda estava em atividade, a embarcação já chegou a transportar 42 mil toneladas de carga.

Atualmente, a embarcação ainda pertence à Navegação Mansur, contudo, existe uma disputa judicial e, por isso, a embarcação não pode ser usada. A empresa foi fundada pelo pioneiro do setor em São Francisco de Itabapoana, Simão Mansur, que foi deputado estadual pelo Rio por 12 anos e chegou a ser vice-governador nos anos 60

Segundo apuração do g1, depois do incidente, o navio foi ancorado entre os armazéns 13 e 14, na Região Portuária do Rio. Imagens do Globocop mostram a torre de exaustão da embarcação, que tem 52 mil toneladas, bem avariada justamente na parte que colidiu com a ponte.

Ponte

Conforme divulgaram as autoridade, a batida aconteceu entre os pórticos 11 e 12, no lado de dentro da baía. Ou seja, na pista sentido Niterói-Rio. Após a remoção do navio, a estrutura entrou em vistoria, que é realizada por técnicos da Ecoponte, concessionária que administra a via.

O guarda corpo da ponte foi atingido pela torre de exaustão. Antes da liberação da rodovia, engenheiros avaliaram a integridade da estrutura da ponte para a liberação do trânsito. Segundo divulgou o prefeito Eduardo Paes, não há indícios de danos mais graves.

Até o meio da manhã, todas as quatro pistas da estrada em direção a Niterói estavam em pleno funcionamento. Já em direção ao Rio, os motoristas puderam usar apenas duas das faixas até por volta das 10h50, quando a via foi totalmente liberada.

Inquérito e investigação

Em nota, a Marinha divulgou que abriu um inquérito para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Segundo a Corporação, por ser "objeto de processo judicial", a embarcação deveria permanecer fundeada no local definido pela Autoridade Marítima, "sem oferecer riscos à navegação", enquanto aguarda a decisão judicial. A Marinha não deu detalhes sobre o processo judicial.

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