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Nuno Cobra é preso em SP por violação sexual

Ele foi preso preventivamente e está na sede da Polícia Federal de São Paulo

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Redação iBahia

11/09/2017 às 21:33 • Atualizada em 01/09/2022 às 0:21 - há XX semanas
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O ex-preparador físico de Ayrton Senna, Nuno Cobra, de 79 anos, foi preso preventivamente por violação sexual de forma reiterada e está na sede da Polícia Federal de São Paulo. Ele foi condenado por violação sexual contra uma jovem de 21 anos, durante um voo, e teve prisão preventiva decretada pela juíza Raecler Baldresca depois que surgiu o depoimento de uma nova vítima, evidenciando que ele voltou a cometer o mesmo tipo de crime em agosto passado.

Foto: Reprodução

Segundo a juíza, no último dia 24 de agosto, após uma entrevista, Nuno Cobra segurou nas nádegas de uma jornalista e esfregou seu órgão sexual, na presença de outros profissionais de imprensa. A jornalista prestou depoimento ao Ministério Público Federal, que pediu a prisão preventiva, concedida pela Justiça no último dia 6.

Nuno Cobra foi condenado a 3 anos e nove meses de prisão em regime aberto, substituída por prestação de serviços comunitários e pagamento de um salário mínimo por mês a instituição do terceiro setor, com base no artigo 215 do Código Penal - conjunção carnal ou ato libidinoso mediante fraude ou meio que impeça ou dificulte reação da vítima.

É o mesmo artigo do Código Penal que vem sendo usado pela Justiça Paulista para colocar na prisão homens que cometem abusos dentro de trens, ônibus e metrô.

Em 19 de janeiro de 2015, Nuno Cobra teria lançado elogios a uma jovem de 21 anos, ainda antes do embarque, e quando entrou no avião da Gol, que fazia a linha Curitiba-São Paulo, trocou de lugar com outro passageiro para sentar-se no assento ao lado da moça.

Ainda no trajeto para a aeronave, disse que os olhos dela eram muito bonitos e comentou que, quando morava na Suíça, as mulheres eram loucas por ele. A jovem disse à Justiça que ficou sem graça quando ele trocou de lugar com outro passageiro para sentar ao lado dela, mas não poderia imaginar o que ocorreria, já que se tratava de um homem idoso, de quase 80 anos.

De acordo com os autos, ao sentar-se ao lado, porém, Nuno Cobra aproveitou o momento da decolagem do avião para começar a agir. Disse que é preparador físico e havia observado a perfeição do corpo dela quando ela subia as escadas da aeronave.

Em seguida, passou a dizer que trabalhava com o corpo e manipulação de energias e que ela despertava "pontos energéticos" que não sentia havia muito tempo. Começou a tocar em seus seios e pernas e a jovem passou a tentar se proteger com uma revista. Para evitar que outros passageiros vissem o que estava acontecendo, ele teria inclinado o corpo na frente da jovem

Assim que o avião se estabilizou da decolagem, a jovem se desvencilhou e pediu ajuda aos comissários de bordo. Relatou o ocorrido e passou o restante do voo ficou longe dele. Ao descer do avião, no Aeroporto de Congonhas, relatou o caso à Polícia Federal, e o Ministério Público Federal assumiu o caso.

Como ocorreu em espaço aéreo, a ação ficou com a Justiça Federal.

A Procuradoria da República em São Paulo sustentou que ele agiu de forma premeditada, com dolo, para praticar os atos libidinosos para satisfazer seu prazer sexual. A defesa disse que queriam fazer do caso uma "guerra entre gêneros" e que havia prevalecido apenas o depoimento da jovem.

Ao determinar a prisão preventiva, a juíza Raecler Baldresca ressaltou que Nuno Cobra foi inconveniente e ousado até mesmo durante a audiência em junho passado, quando teve comportamento inadequado em relação a ela. Afirmou ainda que ao repetir a violência contra a jornalista H.G.B, ele demonstrou conduta reiterada e desrespeitosa diante das mulheres que encontra.

A juíza afirmou ainda que idade avançada não é passe livre para agir sem qualquer consequência e que idosos também cometem crimes, ainda mais como ele, que afirma "ter disposição de um jovem de 30 anos de idade". Para ela, é estarrecedor que ele permaneça lançando mão do mesmo expediente.

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