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Roberto Medina passeia pela Cidade do Rock no primeiro dia do festival |
"Quero ter menos 10 mil pessoas por dia na Cidade do Rock, porque acho que as pessoas vão transitar melhor. A Cidade do Rock foi feita para você passear e não para você ficar em frente ao palco. Vai dar uma pancadaria maior ainda pelos ingressos, mas eu já decidi” Roberto Medina, idealizador e presidente do Rock in Rio, um dos maiores festivais de música do mundo, afirmou que, após análise desta edição, decidiu planejar uma festa mais enxuta em 2013. “No próximo Rock in Rio eu vou diminuir o número de pessoas. Eu quero ter menos 10 mil pessoas por dia na Cidade do Rock, porque acho que as pessoas vão transitar melhor. A Cidade do Rock foi feita para você passear e não para você ficar em frente ao palco. Vai dar uma pancadaria maior ainda pelos ingressos, mas eu já decidi”, adiantou.
— A Cidade do Rock foi feita para você passear e não para você ficar em frente ao palco |
Em entrevista ao site de VEJA, na noite de domingo, na área para convidados VIP, Medina contou que a decisão foi tomada em uma reunião com a cúpula do Rock in Rio. No encontro, foram decididas também medidas estratégicas para os próximos quatro dias do Rock in Rio 4, a partir da quinta-feira.
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100 mil pessoas transitam por dia no festival. Palco Mundo ao fundo. |
Pausa para balançoNa avaliação que faz dos três primeiros dias de festival, a maior insatisfação ficou com o transporte. Mais precisamente para a Fetranspor, o sindicato das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, que montou o sistema de linhas para evitar engarrafamento e garantir conforto aos foliões. “Eles trabalharam muito mal no primeiro dia e melhoraram no sábado e domingo, mas no primeiro dia não gostei e fiquei chateado com isso. Achei um absurdo. Um evento planejado em cada detalhe tem que ter a parte externa da Cidade cuidada. Foi feito um planejamento muito bacana, mas eles não cumpriram”, reclamou. O empresário admite também que houve falhas por parte da organização. Principalmente no que diz respeito à segurança. “Realmente ainda ocorrem casos de furtos, mas sempre que você reúne 100 ou 200 mil pessoas no mesmo lugar esses incidentes acontecem. Assim que percebemos o problema, apertamos a segurança e o número de furtos caiu muito no segundo e no terceiro dia”, disse. Medina, no entanto, vê um problema na estatística de segurança. Para ele, muitos dos casos registrados como furto ou roubo pode ser, na verdade, de perda de objetos ou documentos. “Temos um container cheio de carteiras, porque as pessoas perderam e acharam que foram roubadas. O cara fica bêbado e depois diz que foi roubado no Rock in Rio. A gente está separando todo o material e divulgando no site do evento para as pessoas resgatarem a partir desta quarta-feira”, afirmou.