O pai que matou um bebê de 6 meses na madrugada desta quarta-feira, no município de Luziânia, em Goiás, chorou na delegacia após ser preso em flagrante. Segundo a delegada Caroline Matos, responsável pelo caso, Maycon Salustiano, de 25 anos, demonstrou arrependimento pelo que fez e afirmou à polícia que não se lembra do momento do disparo. O pequeno Michael chegou a ser socorrido para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), mas não resistiu ao tiro que levou no peito.
— Ele (o pai da criança) chorou muito aqui na delegacia. Falou que não se lembrava de ter disparado, mas também que estava arrependido. Ficou dizendo que sua vida tinha acabado — contou a Matos ao EXTRA nesta quinta-feira.
De acordo com a Polícia Civil, o pai foi autuado em flagrante por homicídio, mas pode ainda ser também indiciado por ter ameaçado a mulher, que relatou ter se recusado a manter relação sexual com o marido. Segundo a mãe da criança, ao ser contrariado, Maycon foi para outro cômodo, onde pegou uma garrucha calibre 22 e ameaçou atirar nela e, depoi, no bebê, que estava no berço no quarto do casal. Embora tenha pedido calma, ele disparou na direção da criança, atingido o peito dela. Após dar seu depoimento, a mulher foi liberada.
— Os pais do Michael contaram ter ingerido drogas e bebidas alcoólicas antes de dormir. A mãe do bebê disse que seu marido acordou e falou nada com nada, tentou manter relação sexual com ela, e ela negou. Os dois começaram a discutir, quando o homem pegou uma arma, uma garrucha calibre 22, e voltou para o quarto. Primeiro apontou para a mulher, que pediu para ele manter calma, e depois apontou para criança, que estava no berço. O Maycon teria ficado indagando a Jennifer se ela duvidava do que ele faria — disse Matos.
A Polícia Militar foi acionada por uma vizinha por volta de 1h30 desta quarta-feira, que afirmou ter ouvido gritos de uma mulher pedindo socorro. No entanto, a mãe do bebê disse que não se lembra de ter gritado. Para a delegada, isso pode significar que ela tenha ficado em estado de choque. O bebê deu entrada na UPA cerca de 2h depois, mas ainda não se sabe ao certo o horário do disparo.
— A gente não sabe dizer o tempo que levou do disparo até a criança ser socorrida. A entrada na UPA foi por volta das 3h30. A mãe alega que depois do disparo teve um apagão, não sabe dizer se desmaiou ou dormiu, nem por quanto tempo. Quando acordou, correu para a UPA, mas o bebê já estava em óbito — afirmou a delegada, acrescentando que não foram encontrados antecedentes criminais contra o pai da vítima.
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Redação iBahia
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