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Deputado é acusado de homofobia e racismo por defensores de direitos de homossexuais e negros |
Nesta terça-feira (12), a bancada do Partido Social Cristão (PSC) na Câmara dos Deputados decidiu não rever a indicação do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa. A decisão foi tomada por unanimidade durante reunião da bancada do partido, que reafirmou o apoio da permanência do pastor na presidência da Comissão. As informações são da Folha de S. Paulo. "Meu partido pediu que eu ficasse, então eu fico", afirmou Feliciano ao final da reunião, de acordo com a publicação. "Eu tenho um pronunciamento para fazer amanhã na hora que estiver conduzindo a presidência da Comissão de Direitos Humanos. Vocês vão ver", disse. Na tarde desta terça-feira,
cerca de 300 pessoas fizeram um protesto no Salão Branco da Câmara pedindo a saída do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDH). Os manifestantes não querem que o cargo seja ocupado por nenhum outro parlamentar do Partido Social Cristão. Eles deitaram no chão de um dos principais corredores de acesso ao Plenário, impedindo a passagem, antes de fazerem o protesto no Salão Branco.
Veja também: Internautas usam criatividade para protestar nas redes sociais contra deputado Marco Feliciano Nesta terça-feira, a deputada Erika Kokay (PT-DF) anunciou que o grupo contrário à eleição do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos
entrará junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido de anulação da reunião que elegeu o pastor. De acordo com a deputada, a reunião foi fechada a manifestantes, indo de encontro ao regimento da Câmara. "O regimento é claro ao determinar que todas as reuniões são públicas, salvo deliberação em contrário. Não houve nenhuma deliberação nesse sentido", argumentou Kokay. Feliciano recebeu 11 dos 12 votos dos parlamentares da bancada evangélica, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito. De acordo com o site UOL, a ABGLT alega que o artigo 48 do regimento interno da Câmara exige que "as reuniões das Comissões sejam públicas, salvo deliberação em contrário". O pleito que elegeu o pastor foi realizado a portas fechadas. Neste sábado (9)
foi enviado ao presidente da Câmara, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) um requerimento pedindo a anulação das eleições que levaram o pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, realizadas dia 7 de março. A iniciativa partiu da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais) e suas 286 entidades filiadas. Acusado de homofobia e racismo por defensores de direitos de homossexuais e negros, Feliciano recebeu 11 dos 12 votos dos parlamentares da bancada evangélica, um a mais do que o mínimo necessário para ser eleito.
Vale lembrar que na última semana a apresentadora Xuxa soltou o verbo no Facebook sobre a escolha do religioso para o cargo. "Eu tava lendo agora sobre esse 'pastor', que Deus nos ajude. Gente! Socorro! Vamos fazer alguma coisa! Esse deputado disse que negros, aidéticos [sic] e homosexuais não têm alma. Existem crianças com AIDS. Para este senhor elas não tem alma?", questionou Xuxa na rede social. *Com informações da Agência Câmara Notícias