Subiu para oito o número de suspeitos envolvidos nas mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, segundo informações divulgadas pela Polícia Federal neste domingo (19). Três deles seguem presos. Os outros cinco honens são procurados. Os nomes deles não foram divulgados.
De acordo com a PF, os suspeitos teriam ajudado a enterrar os corpos das vítimas na mata. Os homens devem ser indiciados pelo crime de ocultação de cadáver e podem responder as acusações em liberdade, devido o crime prever uma pena inferior a 4 anos.
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A situação aconteceu na cidade de Atalaia do Norte, no interior do Amazonas. As vítimas foram dadas como desaparecidas no dia 5 de junho. Os restos mortais foram localizados na quarta-feira (15) e identificados no sábado (18).
A PF chegou ao material após um dos suspeitos que está preso confessar o crime e dar a localização dos corpos. Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos, foi o primeiro envolvido localizado e o único que confessou o crime até então.
O suspeito foi preso no dia 7 de junho, dois dias após o desaparecimento das vítimas. De acordo com a PF, Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, de 41 anos, contou em depoimento que as vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos esquartejados e enterrados.
O segundo a ser encontrado pela PF foi o irmão de Amarildo, identificado como Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos.
Já Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, se entregou na Delegacia de Polícia de Atalaia do Norte, onde teve mandado de prisão cumprido. Todos os três presos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça.
Laudo e buscas por barco
Um laudo de peritos da Polícia Federal confirmou no sábado que o indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips foram mortos a tiros, como Amarildo tinha relatado em depoimento, e revelou ainda que as balas eram de munição de caça.
Segundo a análise, Bruno foi atingido por três disparos. Dois deles teriam acertado o tórax e o outro a cabeça do indigenista. Já Dom teria sido baleado apenas uma vez, por um tiro que atingiu o tórax do jornalista.
Após o crime, os corpos foram enterrados em um local que fica a cerca de 3,1 km de distância de onde itens pessoais do indigenista e do jornalista, como cartão de saúde e notebook, foram encontrados dias atrás.
A região seria a mesma de onde o barco que as vítimas usavam no dia dos assassinatos teria sido afundado, no entanto, até a última atualização desta reportagem, a embarcação ainda não tinha sido localizada. Buscas estão sendo realizadas na região.
Visita do procurador-geral
Neste domingo, o procurador-geral da república, Augusto Aras, esteve no Amazonas, para acompanhar o caso de perto, e cedeu coletiva para a imprensa.
No início da visita, Aras conheceu a atuação do 8º Batalhão de Infantaria do Exército, que atua na região, e, em seguida, sobrevoou a região de Atalaia do Norte onde as vítimas foram assassinadas.
Durante a tarde, o procurador-geral participou de pelo menos 3 reuniões a portas fechadas. A primeira delas foi com membros da força-tarefa que atua na região.
Depois, Aras se reuniu com membros do Ministério Público Federal (MPF) do Amazonas e de Tabatinga, e, em seguida, recebeu representantes da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) - entidade que atua na região e que era integrada por Bruno Pereira.
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Redação iBahia
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