A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, solicitou nesta quarta-feira que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, esclareça a declaração em que defendeu "fuzilar a petralhada do Acre". A coligação presidencial encabeçada pelo PT apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime contra o presidenciável, alegando que ele cometeu os crimes de injúria eleitoral, ameaça e incitação ao crime.
O processo foi distribuído para o ministro Ricardo Lewandowski, que pediu a opinião de Raquel Dodge antes de tomar uma opinião. A procuradora-geral defendeu o recebimento da notícia-crime, mas apenas parcialmente, porque ela não considera que houve o crime de injúria, já que ele só teria ocorrido se houvesse uma especificação da vítima.
"Personificar 'pretralhada', expressão usada pelo noticiado, configura elastecimento da responsabilidade penal por analogia ou por extensão, o que é absolutamente incompatível com o direito penal", escreveu.
Em relação aos outros dois crimes, ela pediu a manifestação de Bolsonaro "para compreender o contexto e a extensão das declarações".
A frase foi dita no último sábado, durante um evento em Rio Branco, enquanto Bolsonaro empunhava um tripé como se fosse uma arma.
— Vamos fuzilar a petralhada aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas para correr do Acre. Já que gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir para lá. Só que lá não tem nem mortadela. Vão ter que comer capim mesmo — afirmou o candidato.
A assessoria do deputado federal destacou que o gesto "foi uma brincadeira, como sempre".
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Redação iBahia
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