A estudante de jornalismo Patricia Lélis, 22 anos, que acusa o deputado Marco Feliciano (PSC-SP) de tentativa de estupro e de ter sido submetida à cárcere privado por um assessor do parlamentar, foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por denunciação caluniosa e extorsão. Ela foi indiciada por caluniar e extorquir o assessor do deputado. As penas previstas para esses crimes, somadas, podem variar de seis a 20 anos de prisão. Patrícia, nascida em Tocantins, é militante da juventude do PSC e frequenta a igreja de Feliciano. Ela acusou o deputado de assédio e tentativa de estupro. Em junho deste ano, ela disse que o deputado a chamou para uma reunião com integrantes da juventude do partido em seu apartamento funcional em Brasília. Ao chegar no local, Patrícia diz que percebeu que não havia reunião nenhuma porque estavam apenas Feliciano e ela. Nessa ocasião, o deputado teria tentado estuprá-la. A estudante disse que o chefe de gabinete de Feliciano, o policial civil aposentado Talma Bauer, a procurou diversas vezes para que ela fizesse uma gravação que inocentasse o deputado. Ela acusou Bauer de tê-la sequestrado, mantido em cárcere privado e a ameaçado. O chefe de gabinete foi detido e liberado após prestar depoimento, onde negou as acusações. O caso teve uma reviravolta depois que uma testemunha, que se identificou como amigo de Patrícia, desmentiu as acusações de ameaça e afirmou que a jovem teria recebido R$ 20 mil de Bauer para gravar vídeos desmentindo a suposta agressão de Feliciano. A testemunha afirmou que Patrícia teria pedido a ele para guardar o dinheiro para ela. A polícia, que apreendeu os R$ 20 mil, investiga se a jornalista teria cobrado R$ 300 mil para ficar em silêncio. Imagens do encontro de Patrícia com Bauer em um hotel em São Paulo mostram que ela abraçou o chefe de gabinete e não demonstrou se sentir intimidada. Bauer também teria pago as diárias da moça no hotel. Na segunda-feira, o delegado Luís Roberto Hellmeister, responsável pela investigação do caso, havia descartado que a estudante tenha sido submetida à cárcere privado pelo chefe de gabinete de Feliciano. No mesmo dia, Patricia esteve na Procuradoria Especial da Mulher no Senado, onde fez denúncia de abuso sexual contra o deputado. No Senado, Patricia chegou a dizer que “não foi a primeira mulher, mas a única que denunciou até agora”.
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Redação iBahia
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