A deputada federal e pastora Flordelis dos Santos de Souza prestou depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo, na segunda-feira, durante cerca de 10 horas. A delegada Bárbara Lomba, titular da especializada e responsável por ouvir a pastora, questionou Flordelis sobre toda a sua trajetória e seu relacionamento com Anderson de Souza do Carmo, assassinado na madrugada do último dia 16. O depoimento foi acompanhado pelo promotor do caso, Sérgio Lopes Pereira, do Gaeco.
- Foram 10 horas ininterruptas de depoimento. A delegada e o promotor quiseram que ela contasse como foi a vida dela desde o início, de onde ela veio, como começou o trabalho social dela. Além de como conheceu o pastor Anderson, como era o relacionamento deles na adolescência, como as adoções foram acontecendo e quem ajudava ela. Foram muitos detalhes. A história dela é longa, até chegar aos dias atuais. Ela também relatou como foi o fim de semana que aconteceu o episódio, e relembrou novamente a cena do crime. Essa parte foi muito dolorosa - afirmou o advogado Fabiano Migueis, que afirma atuar como assessor jurídico da pastora.
Em coletiva de imprensa na tarde dessa terça-feira, Flordelis afirmou que foi intimada a prestar depoimento na condição de testemunha. De acordo com o advogado Fabiano Migueis, a deputada não foi questionada pela delegada sobre as afirmações contra ela feita por um de seus filhos. Em depoimento, o jovem afirmou acreditar no envolvimento de sua mãe e de outras três irmãs no crime. Além disso, o filho da deputada disse ainda que um dos irmãos já havia recebido proposta de R$ 10 mil para assassinar o pastor.
- Eu estou sabendo disso neste exato momento. Não tinha conhecimento disso - afirmou Flordelis aos jornalistas, ao ser questionada sobre a proposta que um dos filhos teria recebido para matar seu marido.
Flordelis também foi questionada, na coletiva aos jornalistas, sobre a acusação de seu filho de que a deputada e três irmãs colocavam remédio na comida do pai e que isso seria a causa de seus problemas de saúde.
- Meu esposo passou por um periodo de doença, esteve internado na UTI coronária, tinha crises de ansiedade e passava mal. E eletinha dificuldades de tomar medicação. Tenho uma missionária que me ajuda (a dar remédio a ele) em casa e as irmãs na Igreja. Nada disso era feito às escondidas. Era no momento necessário, no momento em que ele tinha que tomar os remédios. Todos os exames do meu esposo estão lá. São muito recentes. Tenho todos os exames. Estão lá para comprovar o que estou falando - afirmou Flordelis.
Além de Flordelis, outras 24 pessoas, entre filhos da pastora, foram ouvidos pela Delegacia de Homicídios na última segunda-feira. Dois filhos de Flordelis - um biológico, Flávio dos Santos Rodrigues, fruto de um relacionamento anterior e outro, adotivo, estão presos por suspeita de terem participação no crime. Flávio confessou à polícia ter dado seis tiros em Anderson, que era seu padrasto. Lucas é suspeito de ter ajudado na compra da arma do crime.
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Redação iBahia
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