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População negra gasta mais tempo para chegar ao trabalho

Os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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11/12/2014 às 19:27 • Atualizada em 01/09/2022 às 23:00 - há XX semanas
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A maior parte da população brasileira leva até 30 minutos para chegar ao trabalho e um minoria gasta mais de uma hora nesse deslocamento. Os maiores percentuais entre os que levam até mais de duas horas de casa ao trabalho são registrados nas áreas urbanas e entre a população negra, de acordo com o Sistema Nacional de Indicadores em Direitos Humanos (SNIDH), cuja primeira divulgação foi feita nesta quinta-feira (11) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Os dados foram coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e objetivam a criação de indicadores que contribuam para a efetividade de políticas públicas destinadas à garantia de direitos humanos. Segundo o levantamento, 66,2% da população leva até 30 minutos no trajeto de casa para o local de trabalho. Indicam, ainda, que 23,1% gasta de 30 minutos a uma hora, 8,4% de uma a duas horas e 2,2% mais de duas horas. Os percentuais têm se mantido praticamente constantes desde 2004.
População negra gasta mais tempo para chegar ao trabalho que a branca
A região Sudeste registra os maiores tempos de deslocamento. Conforme os dados, 59,4% levam até 30 minutos, 26,5%, de 30 minutos a uma hora, 11,1% entre uma e duas horas e, 2,9%, mais de duas horas. No Sul, 76,7% levam até 30 minutos, 18,1% de 30 minutos a uma hora, 4,3% entre uma e duas horas e 0,9% mais de duas horas. As pessoas que vivem nas cidades sofrem mais com o deslocamento. Dessas, 8,8% levam de uma a duas horas e 2,3% mais de duas horas para chegar ao trabalho. No campo, apenas 4,4% gastam de uma a duas horas e 1,6% mais de duas horas. O levantamento também mostra diferenças entre negros e brancos. Da população negra, 9,2% gasta entre uma e duas horas e 2,4% mais de duas horas para chegar ao trabalho. Entre os brancos, os percentuais são, respectivamente, 7,7% e 2%. Os dados fazem parte do SNIDH e objetivam monitorar e mensurar a realização progressiva dos direitos humanos no Brasil. Está prevista para os próximos meses a divulgação de estudos referentes à alimentação adequada, educação e participação em assuntos públicos, entre outros direitos.

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