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Preso em ação contra Bolsonaro diz saber quem mandou matar Marielle

Homem foi ouvido pela PF e está sob investigação após mensagem ser interceptada no celular dele

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Redação iBahia

03/05/2023 às 22:02 - há XX semanas
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					Preso em ação contra Bolsonaro diz saber quem mandou matar Marielle

Um dos presos na operação deflagrada nesta quarta-feira (3) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro alegou saber quem mandou matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em 2018.

A declaração foi interceptada pela Polícia Federal em uma mensagem enviada pelo suspeito, que é policial militar da reserva para outro militar. O homem foi ouvido nesta quarta sobre o caso e está sob investigação.

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De acordo com o g1, no dia 30 de novembro de 2021, Ailton Barros e Mauro Cid, que também foi preso nesta quarta, trocaram várias mensagens de áudio.

As gravações foram transcritas pelos agentes da PF e incluídas no ofício enviado pela corporação ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação desta quarta.

Segundo a PF, em um dos áudios, Ailton Barros contextualizou a situação.

Na mensagem, ele comunicou a Mauro Cid que o ex-vereador do Rio de Janeiro Marcello Siciliano teria intermediado a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde, em benefício de Gabriela Santiago Cid, esposa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Ainda conforme a investigação, como contrapartida pelo sucesso da inserção dos dados falsos, Ailton Barros solicitou a Mauro Cid que intermediasse um encontro de Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos no Brasil para resolver um problema relacionado ao visto de entrada de Sicilinao no país norte-americano.

Também na conversa, Ailton Barros relatou a Mauro Cid que Siciliano estava tendo problemas com o visto em razão do envolvimento do nome do ex-vereador no caso do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na época do crime, Siciliano chegou a ser investigado, porém a polícia descartou a participação dele na morte da vereadora.

Durante a conversa, Ailton Barros disse a Cid que Siciliano estava enfrentando o problema de visto "injustamente", "de bucha", e argumenta que ele não teria relação com a morte da ex-vereadora.

"De repente, nem precisa falar com o cônsul. Na neurose da cabeça dele [Siciliano], que ele já vem tentando resolver isso a bastante tempo, manda e-mail e ninguém responde, entendeu? Então, ele partiu para a direção do do cônsul, que ele entende que é quem dá a palavra final. Mas a gente sabe que nem sempre é assim, né? Então quem resolva, quem resolva o problema do garoto, entendeu? Que tá nessa história de bucha. Se não tivesse de bucha, irmão, eu não pediria por ele, tá de bucha. Eu sei dessa história da Marielle toda, irmão, sei quem mandou. Sei a p*** toda. Entendeu? ", afirmou Ailton Barros na mensagem.

Crime

Marielle e Anderson foram assassinados em março de 2018. A Delegacia de Homicídios da Capital, o Ministério Público do Rio e, desde fevereiro, a Polícia Federal investigam o crime. Conforme o g1, as apurações foram marcadas por trocas de delegados e promotores e poucos avanços. Uma das principais linhas de investigação é que a motivação seja política.

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