O professor de música, educação física e capoeira Pedro Henrique Barbosa, de 34 anos, foi condenado a 90 anos e 6 meses nesta quinta-feira pela 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo acusado de estuprar 87 vezes dois de seus alunos menores de 12 anos e com deficiências. Um menino autista foi violentado pelo professor 53 vezes. Já uma menina, acometida por uma síndrome que dificulta a comunicação, foi abusada sexualmente em outras 34.
Barbosa já estava preso desde outubro do ano passado, quando foi alvo da Operação Mestre Impuro . A defesa do professor não foi localizada pela reportagem.
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O professor registrava em vídeo os abusos sexuais e depois os divulgava em fóruns de pornografia infantil da deepweb, uma espécie de submundo da internet. Ele chegou a fazer parte de uma equipe multidisciplinar para o tratamento de crianças com necessidades especiais em consequência de patologias psíquicos-neurológicas como o autismo e a síndrome de Landau-Kleffner, que reduz a capacidade de comunicação.
Acabou identificado pelo Ministério Público Federal paulista a partir da operação, deflagrada em julho de 2017, quando a polícia australiana localizou nos fóruns uma série de fotos e vídeos de pedofilia com o codinome que Barbosa usava na deepweb. Lá, ele também dava dicas de aliciamento de menores.
As imagens descobertas pelas autoridades australianas foram incluídas na base de dados internacional de exploração sexual infantil da Interpol. Em julho de 2018, a Polícia Federal (PF) recebeu uma informação de que o abusador sexual e autor das imagens seria Pedro Henrique Barbosa. A pista recebida pelos policiais continha o perfil do acusado no Facebook.
Abusador usava remédios para dopar vítimas
Ao todo, foram encontrados 879 arquivos com fotos e vídeos de pornografia infantil, sendo que, segundo a sentença condenatória, a maioria retrata os dois alunos de Barbosa. De acordo com os autos, as imagens mostravam as vítimas tendo relações sexuais com o aliciador. Também foram encontrados aparelhos sexuais, como vibradores e um plug anal. Além disso, a polícia também achou analgésicos, anestésicos e lubrificantes que o abusador utilizava nas vítimas para permitir a consumação "de conjunção carnal ou de ato libidinoso".
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Redação iBahia
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